Descobri um novo valor místico e mítico que algumas leituras podem oferecer. Pode parecer meio pervertido, mas em essência não é... bem, se for pensar com um toque de romanticidade, sim, é.
Uma boa leitura pode oferecer diversas fantasias e é neste ponto que se elucida meu novo valor. E qual é o consenso definitivo desse ato? Estudo, lazer, passatempo, muitos dizem muitas coisas. O problema é que todas essas vontades decorrem durante o nosso cotidiano e não num tempo isolado, como os filósofos naturais e físicos clássicos gostavam de pensar.
Veja como é interessante essa visão física dos fatos: nosso cotidiano está recheado de deveres e direitos, logo, para economizar tempo e trabalho mental, fazemos associações para compreender os novos conhecimentos que vamos adquirindo e não perder os que já temos. Bem, talvez não tenha ficado clara a minha intenção e eu explico sim, pois, quando estamos lendo um livro, uma revista, um outdoor acabamos lembrando de ocasiões similares ou não. Eis que nesse ponto, podemos criar pontes fortes de lembranças e, exemplificando, um livro infantil pode acabar levando a uma lembrança tão confusa e prazerosa, que pode ser até considerada pervertida.
Acalme-se! Ou permaneça calmo, porque é bem provável que você pense horrores sobre algo tão inocente e aí, a perversão pode vir de si. As lembranças muitas vezes - como nesses casos - são sensações inocentes, acredito, já que não têm um quê de vontade que ocorram... mas ocorrem. Então, encontro um ponto singular da mente: uma linha tênue entre a inocência e a devassidade. Justamente aí que mora minha decisão por considerar todo esse papo um valor.
Seria muito interessante se muitas pessoas discordassem de mim, porque corroboraria com a ideia. Imagine se todas as pessoas do mundo (incluindo os astronautas) tiverem o mesmo sentimento que você, em resposta a algum estímulo. Isso seria interessante para consolidar a definição de pessoa, mas não justificaria a denominação de valor em relação a essa resposta, pois assim todos teriam o mesmo, o que seria desnecessário.
Também não é um apelo, eu não tenho uma fissura para que todos tenham o mesmo sentimento que eu. Também não tenho uma fissura para que ninguém seja parecido comigo, isso seria considerado doença - a fissura e a singularidade, bela ambiguidade. Eu gostaria mesmo de me encontrar numa curva normal, onde as pessoas também tivessem bloqueios e dificuldades com algumas leituras que falem dos assuntos mais variados, incluindo matemática e filosofia, justamente por serem prazerosas, no sentido carnal da palavra.
É claro que isso não é algo tão devastador assim, só me encontrei nesse caso 2 vezes que me lembro, das quais, uma hoje. Não é um problema, acho que apenas é um caso curioso e, quem sabe, algo que todos tenham em diversos graus. O fato é que na hora, eu pensei que seria muito prazeroso - desta vez, no sentido da escrita "feliz" - escrever a respeito e, realmente, está sendo. Para não atrapalhar esse sentimento, vou até concluir com palavras de prosperidade:
Que eu tenha esse bloqueio ao ler este texto.
Brincadeira, risos.
domingo, 5 de outubro de 2014
terça-feira, 19 de agosto de 2014
Não quero ser como Nietzsche
Ando chato,
Como uma fase da vida
E até como amigo.
Não quero nem rimar,
Porque eu estou cansado
De tanta chatice.
É o ócio mais vertiginoso possível,
Entre um café e um cigarro
Ou, até mesmo,
Entre o último cigarro e o próximo café.
Queria tanta compaixão
De quem pode oferecer,
De quem não vai oferecer
E de quem eu deveria fazer por onde...
Mas só sei ser chato.
Pode até ser que eu tenha culpa no cartório,
Mas tem tantos anos que não visito um,
Que isso poderia ter sido uma piada se não fosse tão...
Chato.
Eu admito que escrever é libertador,
Mas estou como numa doença sem margem de cura.
Acho que a cura é justamente me encontrar...
Que saco!
Só vou me encontrar quando conseguir respirar
E só vou conseguir respirar
Quando estiver em equilíbrio com os outros.
Não é paz,
Essa só vem quando a vida acaba.
É só uma questão de conectividade
COM O MUNDO!
Estou a dois passos de uma overdose
Causada pela abstinência das emoções
Que eu tanto sonhei em ter.
Quem sabe, eu conseguiria transmitir segurança,
Ser apenas um ser humano comum
Que consegue aceitar os desafios da vida,
Sem o dissabor de me sentir um ser humano comum.
É pena que isso tudo me irrita
E tanta irritação causa essa maldita chatice
Que eu emito e recebo,
Sem poder conseguir dar um passo à frente.
Acho que um surto de bipolaridade me afetou,
Talvez já tenha estado me afetando,
É que em meio a essas palavras,
Me senti em mais um ócio
E escrever não está parecendo tão libertador.
Parece que estou numa jaula,
Querendo dizer verdades,
Mas sem um pingo de vontade de aturar as consequências.
Sou refém de mim mesmo nessa agonia,
Mas ainda faz sentido dizer que estou chato e que vou permanecer assim.
Não faz sentido é tanta gente comigo,
Me aturando nos mais belos (e falsos) sorrisos,
Enquanto eu estou distante de uma meia dúzia de pessoas
Que são de fato o ar que me falta.
segunda-feira, 21 de julho de 2014
Egocêntrico - O Espelho
Um novo pensamento, um novo atrito. Desta vez, estou me satisfazendo com um dos crimes da razão: o de olhar-se no espelho.
Quando me olho no espelho, enxergo a diferença gritante entre a decadência e a evolução. Parece que estou muito bem como "uma pessoa", mas desleixado como "pessoa." Isso deve acontecer porque os olhos que vêem estão sobrepondo valores na visão dos olhos que sentem.
Eu posso explicar: estou muito mal-acostumado! Não é raro eu ouvir que sou exemplar, mas qualquer pessoa que diga isso não saberia responder se fosse indagada "em quê?" Ok, confesso que sei trilhar, de alguma forma, o meu caminho, mas essas trilhas não são das mais belas. Tudo que tenho hoje veio de uma certa facilidade porque justamente eu consigo ser capaz de desistir ou procrastinar meus desafios.
Ah, os desafios...
Realmente, há um contentamento descontente no "sobretudo da vida." Eu não posso (nem deveria) por a culpa no outrem, a culpa de ter acreditado que nada é impossível - o sonho liberalista. De fato, em quem acredita nisso, há a possibilidade de restringir o impossível a nada. Mas eu estou com 21, já vi muitos possíveis desnecessários e muitos necessários impossíveis. Ainda vou ver muito mais, mas estou aborrecido com a desilusão que me submeti por justamente acreditar nela e creditarem ela a mim.
Parece meio agressivo, mas a opinião das pessoas é desprezível para o trilhar da vida. Isso eu já aprendi, mas ainda não consegui praticar. Toda vez que eu vou conseguindo fechar minha cabeça numa área de estudo, principalmente a área dos números complexos, chegam pessoas, novas ou velhas, e me fazem ver o quão só estou.
Droga! Eu procuro a excelência pela solidão, mas não consigo sequer respirar quando percebo que qualquer progresso que eu faça na vida é inútil se não puder ser contemplado, criticado ou desenvolvido por outras pessoas.
Aí que deve morar o ponto da questão: será o espelho um objeto de autoflagelação ou será a solidão um tempo perdido?
domingo, 22 de junho de 2014
Velho sentido (velho ar)
Eu queria estar apaixonado, assim como queria não estar. O amor é um pouco implacável, um pouco gentil, um pouco febril - uma doença que interrompe todos os sentidos e os, também sentidos, pensamentos, sem deixar de lado o conforto da ilusão de mundo pequeno. É estúpido estar submerso numa bolha, sem nem poder saber o quão grande pode ser fora dela. Mas não é tão estúpido assim, se for pensar nas ciências...
O amor - aquele sentimento infantil dos 15 anos - já me destruiu quando quis apenas estudar, descobrir um mundo sobre a ponta do grafite, o livro aberto e o pdf (sendo moderninho, sem demasia). Pensando bem, isso parece bem óbvio: é o adverso à bolha. De óbvio a desnecessário, hoje estou sem muito preparo mental para o ensino superior. Pois é, declarar isso neste ponto, que se supõe ter cumprido cerca de metade do curso, é degradante. Degradante é um adjetivo interessante, porque a própria palavra é degradante.
Retomando o contexto, não sei se por causa de um amor, de dois, de uma falta de preparo, dedicação ou pré-disposição social a esse estado de auto-reclusão, enfim, não sei o motivo, sei que me encontro distante e disperso de qualquer lugar que eu quis chegar outrora. Não falo só do ensino superior, daquele amor, do outro, do meio profissional ou da bebida que me alivia, tem muito mais coisa que está nessa conclusão: o meu mundo parece conjunto vazio no universo de todas as pessoas.
Nenhum axioma, teorema, taxa ou imagem parece fazer sentido; a mente se diz encorpada, o corpo se diz desnorteado; fé e filosofia se encontram, religião e posição filosófica se distraem. Onde eu deixei o maldito compreender? Talvez numa caixa de amizades. Mas de que adianta tanto zelo e tanta discrição, se perco tudo isso a cada novo bar que encontro? Não sei mesmo, deve ser aí que reside a confusão e não em Deus, que já duvidei, desconfiei e desafiei tanto, do qual era o único pedaço do pensar que eu pensava que traria meu sossego. Mas isso - essa fonte do sossego - eu acredito que está nos que deixam a fé ser a força motriz do corpo, o que, pra mim, é uma falta de diversidade e é o pecado maior, mas o meu respeito é independente e dele sou dependente, por questão de sobrevivência mental. Minha briga já foi com a religião, mas ela me explica e eu não a explico. Perco feio.
Hoje a derrota não é um incômodo, mas a briga não faz sentido. Tento por culpa num lugar, mas às vezes, o lugar não existe, assim como a pessoa, o pensamento e o sentimento. É claro que a ironia faz parte da vida e viver é um tanto irônico, mas se não souber separar, ao menos nos casos mais gritantes, onde terá ficado o sentido que se quis tanto? Eu falo por meio de hipérboles, mas todas elas são verdades, em essência.
Esse texto é pra vocês.
O amor - aquele sentimento infantil dos 15 anos - já me destruiu quando quis apenas estudar, descobrir um mundo sobre a ponta do grafite, o livro aberto e o pdf (sendo moderninho, sem demasia). Pensando bem, isso parece bem óbvio: é o adverso à bolha. De óbvio a desnecessário, hoje estou sem muito preparo mental para o ensino superior. Pois é, declarar isso neste ponto, que se supõe ter cumprido cerca de metade do curso, é degradante. Degradante é um adjetivo interessante, porque a própria palavra é degradante.
Retomando o contexto, não sei se por causa de um amor, de dois, de uma falta de preparo, dedicação ou pré-disposição social a esse estado de auto-reclusão, enfim, não sei o motivo, sei que me encontro distante e disperso de qualquer lugar que eu quis chegar outrora. Não falo só do ensino superior, daquele amor, do outro, do meio profissional ou da bebida que me alivia, tem muito mais coisa que está nessa conclusão: o meu mundo parece conjunto vazio no universo de todas as pessoas.
Nenhum axioma, teorema, taxa ou imagem parece fazer sentido; a mente se diz encorpada, o corpo se diz desnorteado; fé e filosofia se encontram, religião e posição filosófica se distraem. Onde eu deixei o maldito compreender? Talvez numa caixa de amizades. Mas de que adianta tanto zelo e tanta discrição, se perco tudo isso a cada novo bar que encontro? Não sei mesmo, deve ser aí que reside a confusão e não em Deus, que já duvidei, desconfiei e desafiei tanto, do qual era o único pedaço do pensar que eu pensava que traria meu sossego. Mas isso - essa fonte do sossego - eu acredito que está nos que deixam a fé ser a força motriz do corpo, o que, pra mim, é uma falta de diversidade e é o pecado maior, mas o meu respeito é independente e dele sou dependente, por questão de sobrevivência mental. Minha briga já foi com a religião, mas ela me explica e eu não a explico. Perco feio.
Hoje a derrota não é um incômodo, mas a briga não faz sentido. Tento por culpa num lugar, mas às vezes, o lugar não existe, assim como a pessoa, o pensamento e o sentimento. É claro que a ironia faz parte da vida e viver é um tanto irônico, mas se não souber separar, ao menos nos casos mais gritantes, onde terá ficado o sentido que se quis tanto? Eu falo por meio de hipérboles, mas todas elas são verdades, em essência.
Esse texto é pra vocês.
segunda-feira, 28 de abril de 2014
Falta amor
Pra me iludir e depois chorar.
Eu tive um sonho que mexeu comigo, abalou todas as possíveis estruturas e modernizou minha percepção sobre a percepção platônica. Veio como um disparo que atrelou minha mente ao meu coração em questão de minutos ou horas, e rompeu esse espírito imoral que me veste com suas distopias sobre o amor que nunca teria existido.
Antes que eu pudesse me dominar por essa aura negativa de pensamentos produzidos no vazio, eu já havia experimentado reorganizar meus sentimentos e ampliá-los para com algumas pessoas que, no caso, meus pais e para com os animais em geral. Quanto às pessoas, foi melhor ter ido gradativamente, porque não confiava muito nelas. E muita coisa tem mudado, mesmo com todos esses conceitos abstratos de amor, também com animais; me sinto mais livre, principalmente quando escrevo versos nos momentos em que estou só.
Pois é, mas agora não é hora de ficar falando tanto sobre mim e sim sobre o meu pensamento, os meus pensamentos. Essas reviravoltas da vida têm limitado minha existência cartesiana ("duvido, logo penso, logo sou"), não consigo chegar ao ápice da criação, fazendo, assim, dentre outras coisas, inúmeros retalhos textuais desempregados nos meus cadernos, blocos e blog. E em que isso me prejudica? Os retalhos sempre me auxiliaram a me nortear, fico meio perdido dessa forma.
Não precisa se preocupar - ou precisa, dependendo de quanto ódio você tem por mim -, eu venci um dos pensamentos mais difíceis, que seria desistir de tudo, inclusive de estar vivo, e não foi fácil. Não tem sido fácil, é um processo dinâmico de escolhas que nem a equação mais perfeita poderia dar a resposta. Toda e qualquer escolha que faço hoje, pode repercutir daqui a dois anos, o que realmente faz sentido quando penso naquilo que fiz a dois, três, dez anos atrás (mesmo quando criança), e isso traz um peso às decisões, que, repito, nenhuma equação pode ajudar, é questão de senso crítico pra ver onde pode chegar e coração pra saber se vale a pena chegar.
Onde chegamos? No grande 2014, o ano da copa. E o ano em que me senti obrigado a arrumar um trabalho, o ano em que me senti obrigado a dar assistência aos que enxergam em mim um exemplo, o ano em que tudo poderia finalmente tomar um rumo diferente, o ano em que eu tive o sonho mais lindo e, ao mesmo tempo, mais triste de todos.
Sonhei com uma pessoa ideal: ela era a conversa mais agradável da minha vida, fazia o melhor sexo da minha vida, beijava o melhor beijo da minha vida e sorria o sorriso mais bonito da minha vida. Talvez por isso tudo, foi apenas um sonho, foi uma nova percepção do platonismo, foi uma nova ilusão que me calou de forma efêmera... pra depois, quem sabe, chorar.
Eu tive um sonho que mexeu comigo, abalou todas as possíveis estruturas e modernizou minha percepção sobre a percepção platônica. Veio como um disparo que atrelou minha mente ao meu coração em questão de minutos ou horas, e rompeu esse espírito imoral que me veste com suas distopias sobre o amor que nunca teria existido.
Antes que eu pudesse me dominar por essa aura negativa de pensamentos produzidos no vazio, eu já havia experimentado reorganizar meus sentimentos e ampliá-los para com algumas pessoas que, no caso, meus pais e para com os animais em geral. Quanto às pessoas, foi melhor ter ido gradativamente, porque não confiava muito nelas. E muita coisa tem mudado, mesmo com todos esses conceitos abstratos de amor, também com animais; me sinto mais livre, principalmente quando escrevo versos nos momentos em que estou só.
Pois é, mas agora não é hora de ficar falando tanto sobre mim e sim sobre o meu pensamento, os meus pensamentos. Essas reviravoltas da vida têm limitado minha existência cartesiana ("duvido, logo penso, logo sou"), não consigo chegar ao ápice da criação, fazendo, assim, dentre outras coisas, inúmeros retalhos textuais desempregados nos meus cadernos, blocos e blog. E em que isso me prejudica? Os retalhos sempre me auxiliaram a me nortear, fico meio perdido dessa forma.
Não precisa se preocupar - ou precisa, dependendo de quanto ódio você tem por mim -, eu venci um dos pensamentos mais difíceis, que seria desistir de tudo, inclusive de estar vivo, e não foi fácil. Não tem sido fácil, é um processo dinâmico de escolhas que nem a equação mais perfeita poderia dar a resposta. Toda e qualquer escolha que faço hoje, pode repercutir daqui a dois anos, o que realmente faz sentido quando penso naquilo que fiz a dois, três, dez anos atrás (mesmo quando criança), e isso traz um peso às decisões, que, repito, nenhuma equação pode ajudar, é questão de senso crítico pra ver onde pode chegar e coração pra saber se vale a pena chegar.
Onde chegamos? No grande 2014, o ano da copa. E o ano em que me senti obrigado a arrumar um trabalho, o ano em que me senti obrigado a dar assistência aos que enxergam em mim um exemplo, o ano em que tudo poderia finalmente tomar um rumo diferente, o ano em que eu tive o sonho mais lindo e, ao mesmo tempo, mais triste de todos.
Sonhei com uma pessoa ideal: ela era a conversa mais agradável da minha vida, fazia o melhor sexo da minha vida, beijava o melhor beijo da minha vida e sorria o sorriso mais bonito da minha vida. Talvez por isso tudo, foi apenas um sonho, foi uma nova percepção do platonismo, foi uma nova ilusão que me calou de forma efêmera... pra depois, quem sabe, chorar.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Caos sentimental
Olhei ao meu semelhante, como um pretexto para não me sentir só. Deu certo.
Parece que ser sentimental não é algo que separa uns de outros; no fundo, deve ser um número quase nulo de pessoas que não têm essa característica. A princípio, essa ideia já leva a uma outra: onde, então, se esconde tanto sentimento assim no dia-a-dia? Mas esta não é a pergunta certa, já que como bem me lembro, nem mesmo eu sou sentimental assim no cotidiano. Aliás, é raro que alguém não seja sentimental, entretanto é mais raro ainda o sentimento ser exposto.
Como agora falo de sentimentos, não posso deixar de lado o ódio. Este sim é exposto, consideravelmente exposto! E para que, por que? Parece que fazer o mal é mais válido que fazer um gesto de carinho e esta situação é daquelas que só fazem perder a fé na humanidade.
O carinho se tornou algo careta: amigos não podem demonstrar carinho uns pelos outros, que já parece um apelo para um outro tipo de relacionamento; pessoas que "ficam" - porque esse é o termo que melhor descreve nos dias de hoje tal tipo de relacionamento - não podem demonstrar carinho uma pela outra, que já parece que é algo a mais. Como o carinho pode ser tão raro? Será que só palavras bonitas e orgasmos são o que conta para a felicidade?! Foda-se Freud!
Parece paradoxal ou masoquista, já que sempre penso (muito) antes de falar, mas me dói ter de pensar para falar. Não gosto que usem minhas palavras contra mim, só que cada vez mais parece que é necessário reverter esse meu gosto. Ninguém mais fala ou quer falar a ponto do outro se sentir confortável, só quando esse comportamento é necessário, o que já faz pensar que a gentileza também está em falta (e está). Sei que é hipocrisia apontar para o outro, sendo que também cometo um erro. Acontece que, no caso, ninguém está correto, e eu estou apontando para os nossos erros.
Aí vejo à minha volta, tudo em perfeita simetria. Bem, ultimamente descobri que nem sempre a simetria é algo que carrega consigo o "normal." A suposta grande explosão térmica que gerou o universo e sua expansão são resultado de um estado simétrico (HAWKING, Stephen. Uma breve história do tempo: do Big Bang aos Buracos Negros. 13a ed. p 180). Logo, toda essa simetria da indiferença pode ser um lapso da humanidade e, também, pode projetar uma grande onda de indiferença, o que só pioraria este pobre estado que estamos vivendo.
Vamos sentir! Vamos viver mais intensamente! Vamos amar! Assim como eu carrego a ideologia de que quem melhor pode fazer isso é a burguesia, eu também trago uma flor de esperança, que tem péssimas condições para se desenvolver, mas que ainda pode desabrochar e a periferia também pode vencer. É claro que esta pode ter parecido uma completa inversão do texto para os mais desavisados, mas eu vejo que o meio físico do autor sempre deve ser considerado e, como sou eu que escrevo, nada mais justo que figurar minha ideologia neste espaço.
A humanidade sofre de inúmeros problemas, mas como resolvê-los se apenas nos encarregamos de buscar mais problemas? E se a cura da maior parte deles for acabar com a indiferença? E se a cura for maximizar o carinho? E se a cura da indiferença for incendiar a discrepância entre a burguesia e a periferia? Será mesmo que nunca saberemos?
E ainda não é março...
Parece que ser sentimental não é algo que separa uns de outros; no fundo, deve ser um número quase nulo de pessoas que não têm essa característica. A princípio, essa ideia já leva a uma outra: onde, então, se esconde tanto sentimento assim no dia-a-dia? Mas esta não é a pergunta certa, já que como bem me lembro, nem mesmo eu sou sentimental assim no cotidiano. Aliás, é raro que alguém não seja sentimental, entretanto é mais raro ainda o sentimento ser exposto.
Como agora falo de sentimentos, não posso deixar de lado o ódio. Este sim é exposto, consideravelmente exposto! E para que, por que? Parece que fazer o mal é mais válido que fazer um gesto de carinho e esta situação é daquelas que só fazem perder a fé na humanidade.
O carinho se tornou algo careta: amigos não podem demonstrar carinho uns pelos outros, que já parece um apelo para um outro tipo de relacionamento; pessoas que "ficam" - porque esse é o termo que melhor descreve nos dias de hoje tal tipo de relacionamento - não podem demonstrar carinho uma pela outra, que já parece que é algo a mais. Como o carinho pode ser tão raro? Será que só palavras bonitas e orgasmos são o que conta para a felicidade?! Foda-se Freud!
Parece paradoxal ou masoquista, já que sempre penso (muito) antes de falar, mas me dói ter de pensar para falar. Não gosto que usem minhas palavras contra mim, só que cada vez mais parece que é necessário reverter esse meu gosto. Ninguém mais fala ou quer falar a ponto do outro se sentir confortável, só quando esse comportamento é necessário, o que já faz pensar que a gentileza também está em falta (e está). Sei que é hipocrisia apontar para o outro, sendo que também cometo um erro. Acontece que, no caso, ninguém está correto, e eu estou apontando para os nossos erros.
Aí vejo à minha volta, tudo em perfeita simetria. Bem, ultimamente descobri que nem sempre a simetria é algo que carrega consigo o "normal." A suposta grande explosão térmica que gerou o universo e sua expansão são resultado de um estado simétrico (HAWKING, Stephen. Uma breve história do tempo: do Big Bang aos Buracos Negros. 13a ed. p 180). Logo, toda essa simetria da indiferença pode ser um lapso da humanidade e, também, pode projetar uma grande onda de indiferença, o que só pioraria este pobre estado que estamos vivendo.
Vamos sentir! Vamos viver mais intensamente! Vamos amar! Assim como eu carrego a ideologia de que quem melhor pode fazer isso é a burguesia, eu também trago uma flor de esperança, que tem péssimas condições para se desenvolver, mas que ainda pode desabrochar e a periferia também pode vencer. É claro que esta pode ter parecido uma completa inversão do texto para os mais desavisados, mas eu vejo que o meio físico do autor sempre deve ser considerado e, como sou eu que escrevo, nada mais justo que figurar minha ideologia neste espaço.
A humanidade sofre de inúmeros problemas, mas como resolvê-los se apenas nos encarregamos de buscar mais problemas? E se a cura da maior parte deles for acabar com a indiferença? E se a cura for maximizar o carinho? E se a cura da indiferença for incendiar a discrepância entre a burguesia e a periferia? Será mesmo que nunca saberemos?
E ainda não é março...
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
Me ganhou e a perdi - retrato do presente em um mês de férias qualquer
Diferente de outrem, não gosto de me expor conforme o meu passado; acredito que somente presente e futuro são discutíveis, o passado não volta - a menos que se assista Donnie Darko - e também não tem conclusão. Antes que eu possa prosseguir com meus raciocínios e/ou relatos sentimentais, passado é experiência e relato, sendo que ambos são passiveis do ponto de vista. Logo, a questão do passado não é seu caráter histórico, mas sim historiográfico. Assim, temos que o passado é imutável, mas a concepção dele é mutável, o que só reforça a ideia de não me expor confiando em meu passado. Mas ele existe...
Agora, gostaria de expor minhas queixas do presente. Gostaria, inclusive, de deixar claro que a minha intenção jamais será a de deixar claro. Ora, sendo eu um jovem que se consome na velhice, que é a juventude e os seus saberes, estou apenas apto a direcionar pouco mais precisamente o sentido da subjetividade de qualquer tipo de relação. Então, de forma nada pragmática, ao menos serei metódico.
Quanto às relações acadêmicas, estou bem. Estou bem porque não faço ideia de quão ruim é estar como estou e de quão ruim pode ficar de alguma forma que eu possa estar. Já que sou otimista, daqueles que preferem ver o copo meio cheio a ver o copo meio vazio, estou apenas me posicionando favorável à desilusão. E assim faço por me imaginar achando o oposto, o que só traria más consequências. Quanto aos fatos, não tive mais reprovações, nem notas boas, o que ainda me deixa em posição desfavorável.
Quanto às relações profissionais, estou vivo. E o mais importante de tudo, é que estou feliz. Sem mais mentiras.
Quanto às relações pessoais, bem, temos um problema. Esse campo é muito vasto, muito mesmo. Poderia até dividir ele em 3 partes: amigos, família e demais. Mas dessa forma, eu estaria me enganando, já que todos têm uma certa similaridade. Já vi o que eu chamava de amigas passando para a parte 'demais', como ultimamente tenho visto pessoas do 'demais' passando para a parte 'amigos'. E do grupo 'família', eu prefiro me abster pra não falar o que não devo.
Seria muito abusado da minha parte falar sobre cada parte das relações pessoais, mas posso ser sucinto, o que já eufemiza um "eu abusado." Nós amigos, temos, a maioria, concordado que é tempo de mudança e devemos nos focar neste tempo para não cair (mais uma vez) no conforto. Nós, família, estamos dispersos e isso sem previsão de conserto. Há mais um ponto e, antes de o dizer, (meus) versos:
Agora, gostaria de expor minhas queixas do presente. Gostaria, inclusive, de deixar claro que a minha intenção jamais será a de deixar claro. Ora, sendo eu um jovem que se consome na velhice, que é a juventude e os seus saberes, estou apenas apto a direcionar pouco mais precisamente o sentido da subjetividade de qualquer tipo de relação. Então, de forma nada pragmática, ao menos serei metódico.
Quanto às relações acadêmicas, estou bem. Estou bem porque não faço ideia de quão ruim é estar como estou e de quão ruim pode ficar de alguma forma que eu possa estar. Já que sou otimista, daqueles que preferem ver o copo meio cheio a ver o copo meio vazio, estou apenas me posicionando favorável à desilusão. E assim faço por me imaginar achando o oposto, o que só traria más consequências. Quanto aos fatos, não tive mais reprovações, nem notas boas, o que ainda me deixa em posição desfavorável.
Quanto às relações profissionais, estou vivo. E o mais importante de tudo, é que estou feliz. Sem mais mentiras.
Quanto às relações pessoais, bem, temos um problema. Esse campo é muito vasto, muito mesmo. Poderia até dividir ele em 3 partes: amigos, família e demais. Mas dessa forma, eu estaria me enganando, já que todos têm uma certa similaridade. Já vi o que eu chamava de amigas passando para a parte 'demais', como ultimamente tenho visto pessoas do 'demais' passando para a parte 'amigos'. E do grupo 'família', eu prefiro me abster pra não falar o que não devo.
Seria muito abusado da minha parte falar sobre cada parte das relações pessoais, mas posso ser sucinto, o que já eufemiza um "eu abusado." Nós amigos, temos, a maioria, concordado que é tempo de mudança e devemos nos focar neste tempo para não cair (mais uma vez) no conforto. Nós, família, estamos dispersos e isso sem previsão de conserto. Há mais um ponto e, antes de o dizer, (meus) versos:
Pode me pisar, mas pise fundo.Bem, encerro por aqui, dando minha opinião sobre os 'demais' das minhas relações pessoais no presente: ilusões e desilusões.
Pode me cuspir, mas cuspa com vontade.
Pode me agredir, mas agrida com força.
Atenha-se, pois a mim não é recomendado o apego!
Atenha-se, pois a mim não é recomendado o carinho!
Atenha-se! Sou sentimental e extremamente falho.
Assinar:
Comentários (Atom)