segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Café teóricofilosófico

Não podemos nos deixar abalar com comentários sobre as portas da percepção, pois só encontraremos baixaria. A ampla visão que diz respeito ao caminho do futuro é um caminho quase que pseudosórdido e batalhado que só nos remete a dúvidas e incertezas sobre nossas próprias opiniões e atitudes. Contudo, avançar em meio a passos em falso é um lapso que pode resultar em tombos irreversíveis. Por isso a pausa é interessante, para não renunciar a atos que nem bem foram sabidos e analisar a estrutura das idéias para que o embasamento não seja esquecido e os argumentos não sejam ultrapassados. As teorias de sustentação de um campo de idéias também não devem ser expostas com tanta falta de segurança. Os alheios podem nos fazer contestar sobre isso, e com uma dose de parcialidade deles, todo um trabalho gerado com muito tempo de esforço pode ser rompido em um único diálogo apenas por medo de não ser o normal ou não saber o nosso próprio ser. Por isso, devemos nos precaver em assuntos complexos com muros e portas para não nos perdermos em nossas próprias idéias sobre elas mesmas. A auto exclusão evidentemente é um problema sério também. Não devemos nos excluir de qualquer assunto que seja, toda linha de raciocínio é válida para obter experiência. E com isso não digo para que sem argumentos entremos num diálogo, mas que com força de vontade apreciemos um bom monólogo ou diálogo alheio e o entendamos para que futuramente o usemos como base para um estudo aprofundado de determinado assunto e com isso, caso haja vontade, haveremos de nos intervir em qualquer discussão sobre assuntos relacionados a esse. É como se fosse para nos capacitarmos em uma multiplicidade de escolhas, até mesmo como forma de apelação, para qualquer assunto que venha à tona. Devemos controlar a admiração aos nossos semelhantes e tomar cuidado para que não haja adoração de nenhum deles. A necessidade da admiração diz respeito a recorrer a entidades que possam nos recompor determinadas faculdades mentais que tenham sido danificadas ou estejam em processo de mudança. Uma vez que há uma admiração, a mesma deve ser controlada para que não haja atribuição de valores utópicos a idéias oriundas de mentes que não sentem ou sabem o que é nossa realidade, nem para que fujamos de nossa essência com comentários cheios de pessoalidade diferente da nossa própria. Em relação à adoração de semelhantes, é como já havia mencionado, ninguém pode ter um pensamento utópico de uma realidade desconhecida, por isso uma adoração foge da sensatez e é recomendada para que se realize em seres oniscientes, ainda que esse conceito seja fantástico. Portanto, toda e qualquer contestação e incerteza sobre o meio vivido e o meio préfuturista das nossas próprias vidas deve ser analisada, rebuscada e explicada antes de qualquer atitude ou explanação pública. Isso implica que sempre que formos praticar uma idéia, tenhamos certeza de que a mesma não venha a abalar nossos conceitos de mundo e modo de vida, justamente para que não caiamos em desequilíbrio ou desilusão autosocial.