sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Ostentação

Agradeço a Deus se eu puder correr um risco porque é arriscado demais ficar em paz. E me explorar às sextas, como se fossem as sextas das semanas passadas, como se fosse ridículo sorrir após um abraço de saudades. Você corre atrás de um brisa e esbarra num furacão, como se não fossem ventos, ainda assim. É tão complexo. Fanáticos encantos pelos diamantes sob as estradas, ricos perambulates, sem ter onde morar nem chorar nem se arrepender por não amar. E deixar a vida lhe levar, como disseram. E o consumismo fa-lo-a, entediado nas entranhas do mundo. Pássaros não o fariam tão bem. Confundindo-se com os sorrisos bestas ortodentários, indubitavelmente vigários, salafrários, de má indole, que no fundo só querem um pouco mais do que já tem excedendo. Besteira minha pensar. Pensei, pensava, parei. Na minha mente concretizei: nada mudou, nem vai mudar. Fazer o quê? Melhor nem pensar em fazer.