sexta-feira, 15 de março de 2024

Dois pesos, duas medidas

Queria me confrontar, queria, queria, mas somos tão parecidos, eu e eu, que não sei se é possível. Não sei se quero. Não sei se estou confortável mais em viver despido de mim e me vestir nalguns momentos, nalguns momentos quando tenho que dizer "socorro, vem aqui".

Por que me faço de inimigo se sou tantas vezes meu tão único amigo? E sei que sou, mas não colaboro. Alternamos eu e eu, uma hora o amigo, outra o mais amigo... Tem horas que não sei qual é mais amigo! Excesso de informação útil pra um, inútil pro outro, mas eu colho, eu vivo, eu ajunto fragmentos, eu dispo. E quem fez isso tudo, se não fui eu mesmo? O outro nunca!

Matemática, contagem, teorema, segue à risca, segue a risca, segue tudo e aí mãos dadas, mas nem sempre tão dadas assim, ainda que dadas. Bipolar ou surtado? Colabore-me! Se sou fingidor ou frustrado, se são necessários 40% e sou 35%, qual a margem? E o que diz eu sobre isso quando eu estou aqui frustrado? (Ou fingido). Não fossem os metais na sua uniformidade (diferente dos cristais), diria que tudo são colchas de retalhos e o ser algo é relativo à mente de quem o torna assim. Aí há consenso sobre a dúvida, então é legítimo. Até porque a ideia é antiga.

São tantos pontos de divergência aparente e convergência certa que buscar contra-exemplos parece passatempo, bruxaria ou sessão das 10. Aí as mãos aplaudem porque, afinal, o movimento seria coordenado. Saudades dos aplausos. Onde fomos parar (agora enquanto sociedade)?

Vão puxar a referência de Raul, mas será que eu posso deixá-la imediata pra mim mesmo? Que palavrão eu pensei! É cansativo e enigmático. Tanto pra mim, quanto pra mim, pra mim, pra mim e pra mim. É um turbilhão, um redemoínho, mas tudo escapa, nada reprime. E onde foi parar aquele assunto, tão especial?

Minhas palavras são aparentemente confusas, mas só há um pra quem as escrevo. Pra ele, imediatas. Ele? Imediato. Assunto? Mais que especial.

terça-feira, 13 de julho de 2021

Vestígios sobre a solidão

Olá, solidão. Sei que você se confundiu com o âmago da minha ansiedade, mas não te quero lá. Você é bem vinda em muitos cantos, lá não é um deles. Lá é onde moram os diabos ruins e alguns dos bons, perdidos, apenas de passagem. Você já me revelou um mar de problemas, de crises, pontos fracos e fortes, já me revelou conspirações, medos, angústias, já me precaveu de me molhar em tempestade, de me queimar em Sol escaldante, de me arranhar em espinhos aparentemente inofensivos. Você não é minha inimiga, eu sei. Hoje, eu sei. 

"Solidão, palavra 
Cavada no coração 
Resignado e mudo 
No compasso da desilusão" 
 Paulinho da Viola. 

 Sinto que cavo (e cavamos) tão fundo atrás de explicações para os mais diversos devaneios, talvez culpa do cientificismo exacerbado, que me esqueço (e nos esquecemos) da grande verdade sobre a vida: a vida não existe sem que se viva; a vida é o colapso das nossas incompreensões misturadas, é o encontro das nossas ignorâncias, é a desfiguração consensual dos nossos consensos. Não dá pra viver sem se colocar na condição de enfrentamento. Estamos enfrentando nosso sono ao acordar, nossa vontade de comer nos momentos em que não podemos, nosso desejo ardente de fazer tudo aquilo que gostaríamos às 23h mesmo que já atrasados 13 minutos para dormir. E é por essa condição, esse gasto energético contra nossas próprias antíteses, que o viver não precisa toda hora de uma resposta racional, tampouco de uma pergunta. 

Muitas vezes, Pedro, você fala 
Sempre a se queixar da solidão 
Quem te fez com ferro, fez com fogo, Pedro 
É pena que você não sabe não" 
Raul Seixas. 

Se por um lado, existe uma ansiedade pelas peripécias da solidão, por outro, há também angústia pela duração dela. Querer o pedacinho de segredo, do ritual de transição da compostura para o deleite do mundo somente com as próprias regras, é, enfim, a ansiedade causada pela presença do próximo, mas parece tão superestimado logo que se obtem, que quando se sabe que vai demorar, já causa palpitação. E isso por que? Porque não se aprendeu a se amar. A solidão é um encontro íntimo com o eu, não amá-la é questionar a grandeza de suas próprias ideias e sentimentos. Não que isso abandone a nobreza do viver, mas deixa ir embora uma chance de melhor se conhecer.

 

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Quarentena

Parece que 2020 é uma busca por verdades, por razões, pelo próprio eu. O confinamento, ao menos pra alguns, é o confronto direto com o eu. E nada pode ser mais assustador que se defrontar com seus pesadelos e, principalmente, com seus sonhos e ideais. Ter fugido de si mesmo ou do que se imaginava pra si num momento em que somente o que conta é sua própria companhia é o verdadeiro desafio: assimilar a discrepância dos "eu não" e "eu nunca" que viraram realidade.

Todas aquelas noções, de amizade, de carreira, de família, de relacionamento, tudo isso se mistura num grande caldeirão. Num caldeirão que o ato de meditar organiza, qualifica, tipifica, mas não resolve. Você consegue transformar boa parte do que enche sua mente, e isso até ajuda bastante, mas a pulga atrás da orelha vai continuar, os verdadeiros problemas, as verdadeiras indagações não vão fugir por você colocá-los em seus devidos lugares.

Não sou devoto da ciência, sou apenas... cientista. Eu posso idealizar um método, definir uma métrica de quanto uma dor dói, mas não consigo encontrar um conceito definitivo do que é dor. Assim como não posso fazer isso em relação ao amor. Mas é nessa antítese de amor-dor que reside grande parte das nossas escolhas, dos nossos guias, nossos Nortes. E aí entram os paradoxos: existe ciência pras nossas escolhas e guias, mas a essência do que os faz não comporta ciência em sua forma mais pura. É um jogo ardiloso que não tem uma única resposta certa. Isso é desesperador.

Sinto falta dos meus amigos. Tudo que escrevi sobre cada um deles é verdade.


domingo, 1 de setembro de 2019

Sendo eu

É sobre mim,
Não sendo narcisista,
Sendo eu.

Minha significação,
Meu contexto e histórico,
Meu contexto histórico
Do meu próprio ponto de vista.

Era tão difícil reconhecer-me estranho,
Uma fantasia que eu mesmo desenhara.
Sabia que não era só aquilo,
Mas aquilo me enfeitiçara.

Tinha uns traços sérios,
Demasiadamente rebuscados.
Nem parecia que eu não era, embora estava.
Nem parecia que eu viria a ser, embora estive.

Um passado sombrio de que tanto me foi cruel,
Eu fiquei deslocado por longos três anos
E era apenas um adolescente.
À flor da idade.

À flor da idade.

Houve o que me machucasse muito mais,
Houve o que me pusesse pra baixo,
Sem perspectiva de felicidade ou vida,
Mas nada comparado ao meu esquecimento como ser.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

O meu censurado

Eu fiquei no "publico ou não publico?" e quase que não saí do lugar. Publicar o que? Um texto com um relato sentimental? Não, não é o caso. O sentimento está presente, mas em plano secundário. É sobre o pertencer, o 'ter'.

Me faltava inspiração para escrever sobre um ano extremamente pesado como este; 2016. Naturalmente, a inspiração precisava ser de peso. E (in?)felizmente foi. Agora, não preciso mais me censurar, todos sabem de quem estou falando: de mim mesmo. Alguém que tinha seus conceitos sobre relacionamento, paixão e amor e que viu todos eles serem desconstruídos. Tudo isso num único dia.

Se falo sobre pertencer, preciso falar sobre relacionamento, porque pertencer é uma relação entre dois objetos (talvez mais?). Não é uma questão de forçar a barra, o conceito de pertencer remonta às teorias de conjuntos, não estou deixando meu lado matemático falar mais alto. Tomando a mais conhecida delas, a que foi amplamente discutida por Cantor, com seus tantos axiomas, uma conclusão simples é que a relação de pertencer não é recíproca. Ou seja, se eu pertenço a você, você não pertence a mim.

Dessa forma, haver o "pertencer" num relacionamento, significa que existe uma figura protagonista e uma figura antagonista. Ou seja, se alguém pertence ao outro num relacionamento, o outro não pertence ao alguém, ao menos é isso que diz a matemática, comigo extrapolando. De tal forma, relacionamentos, em sua forma mais pura e original, não são compostos pelo pertencer.

Tá, e onde quero chegar com isso, dado que este texto é sobre este ano?

Relacionamento não é algo que só existe entre duas pessoas (ou mais) que sentem prazer sexual uma com a outra. Relacionamento é algo que permeia algum tipo de cultura que há entre pares ou mais pessoas. O relacionamento familiar talvez seja o mais comum, seguido pela amizade.

Quando começou 2016, achava que uma luz se acenderia em meio às trevas, mas o tempo foi passando e percebi que o que eu chamava de trevas era neblina. E fez-se a luz, mas só porque o dia tinha acabado de amanhecer. Tudo nítido e com clareza, certamente o que viria seria mais uma lição que a vida me daria por novamente estar me descuidando.

Meus relacionamentos sempre tiveram suas peculiaridades burocráticas. Os meus "não gosto", "gosto", "amo", "odeio" sempre tiveram uma certa burocracia. E era isso que eu queria mudar neste ano; ser mais normal nisso. E tive um certo êxito! Não como a suposta luz que viria, mas tem sido um pouco menos difícil de demonstrar aquilo que sinto.

Ainda assim, a natureza de muitos relacionamentos tem um certo protagonismo: a hierarquia dos laços sanguíneos, por exemplo. Então, mesmo que você tenha êxito na busca de melhorar suas relações pessoais, há diversas barreiras para uma certa reciprocidade em relacionamentos hierárquicos. Neste sentido, toda a nitidez e clareza do começo do ano eram a doce ilusão de que a famigerada luz tinha aparecido.

Entretanto, não é só de relacionamentos externos que vive o ser (ou, ao menos, o meu ser). Há também o contato com o eu interno. A relação de mim comigo mesmo ficou duvidosa, aconteceram crises de identidade, está acontecendo. Passei a duvidar de muita coisa - quem sou eu? Eu existo? Qual o meu propósito? Qual o grande negócio em estar vivo?

Sim, isso tudo é extremamente complicado, mas a dificuldade dos fatos da vida é o que reflete em aprendizado. Quem não tem um sofrer, não tem um parâmetro do quão feliz é; quem não se perde, não se encontra; quem não questiona, não tem certeza da verdade.

Com outras palavras, o que eu disse foi: a verdade só existe graças à dúvida. É um pouco de Schrödinger, um pouco de vivo e morto, é a raíz da verdade: o fato é a verdade sobre o fato e a verdade sobre o não-fato. Assim está meu relacionamento com a igreja cristã: não sei se é ateísmo, mas também é.

E a amizade...

Com tantas "modalidades" de relacionamento, seria um pouco injusto falar sobre a amizade, porque é algo tão difícil e tão já comentado, que só aumentaria a chatice deste tipo de texto. É melhor falar sobre o amor que envolve tesão.

O amor que envolve tesão! Já é uma frase que por si só está completa em arte, em beleza e até um pouco de comicidade. É - eu acho - um pré-suposto de um relacionamento que traz todos os sentimentos presentes nos demais relacionamentos, como o carinho, o sentimento de família, a esperança e, como uma luva, o tesão.

O relacionamento com tesão é bom, é lindo, é maravilhoso... e é uma desgraça! Porque de certa forma é o que traz consigo mais insegurança e mais necessidade de reciprocidade (diferente da relação entre mãe e filho, por exemplo). Ou seja, é uma forma de se relacionar quase insustentável. E dela surge muito conhecimento, muito conceito sobre vida, muito conceito sobre tudo.

Agora pense no quão bizarro é algo insustentável gerar tanto conceito. Exatamente! Muitos dos nossos conceitos derivam das adversidades, então o ponto não é quem eu sou, mas quem eu estou. Eu acho isso bem esquisito; contra-intuitivo.

Eu achava que amor era um sentimento eterno, por isso prendi o meu em uma garota. Ambos, o sentimento e ela, tinham morrido dentro de mim, mas eu não conseguia admitir isso. Então ela se casou semana passada e me fez admitir e, de brinde, escrever estas palavras.

E assim foi meu 2016.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Falta amor

Pra me iludir e depois chorar.

Eu tive um sonho que mexeu comigo, abalou todas as possíveis estruturas e modernizou minha percepção sobre a percepção platônica. Veio como um disparo que atrelou minha mente ao meu coração em questão de minutos ou horas, e rompeu esse espírito imoral que me veste com suas distopias sobre o amor que nunca teria existido.

Antes que eu pudesse me dominar por essa aura negativa de pensamentos produzidos no vazio, eu já havia experimentado reorganizar meus sentimentos e ampliá-los para com algumas pessoas que, no caso, meus pais e para com os animais em geral. Quanto às pessoas, foi melhor ter ido gradativamente, porque não confiava muito nelas. E muita coisa tem mudado, mesmo com todos esses conceitos abstratos de amor, também com animais; me sinto mais livre, principalmente quando escrevo versos nos momentos em que estou só.

Pois é, mas agora não é hora de ficar falando tanto sobre mim e sim sobre o meu pensamento, os meus pensamentos. Essas reviravoltas da vida têm limitado minha existência cartesiana ("duvido, logo penso, logo sou"), não consigo chegar ao ápice da criação, fazendo, assim, dentre outras coisas, inúmeros retalhos textuais desempregados nos meus cadernos, blocos e blog. E em que isso me prejudica? Os retalhos sempre me auxiliaram a me nortear, fico meio perdido dessa forma.

Não precisa se preocupar - ou precisa, dependendo de quanto ódio você tem por mim -, eu venci um dos pensamentos mais difíceis, que seria desistir de tudo, inclusive de estar vivo, e não foi fácil. Não tem sido fácil, é um processo dinâmico de escolhas que nem a equação mais perfeita poderia dar a resposta. Toda e qualquer escolha que faço hoje, pode repercutir daqui a dois anos, o que realmente faz sentido quando penso naquilo que fiz a dois, três, dez anos atrás (mesmo quando criança), e isso traz um peso às decisões, que, repito, nenhuma equação pode ajudar, é questão de senso crítico pra ver onde pode chegar e coração pra saber se vale a pena chegar.

Onde chegamos? No grande 2014, o ano da copa. E o ano em que me senti obrigado a arrumar um trabalho, o ano em que me senti obrigado a dar assistência aos que enxergam em mim um exemplo, o ano em que tudo poderia finalmente tomar um rumo diferente, o ano em que eu tive o sonho mais lindo e, ao mesmo tempo, mais triste de todos.

Sonhei com uma pessoa ideal: ela era a conversa mais agradável da minha vida, fazia o melhor sexo da minha vida, beijava o melhor beijo da minha vida e sorria o sorriso mais bonito da minha vida. Talvez por isso tudo, foi apenas um sonho, foi uma nova percepção do platonismo, foi uma nova ilusão que me calou de forma efêmera... pra depois, quem sabe, chorar.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Burocracia da crítica

Procurei, ah, se procurei o sentido da vida! Mas sendo bem sincero, não achei até então, e se talvez um dia eu descobrir, paro de viver; a graça vai acabar mesmo...

A graça é viver sobre planos de metas furados, sem objetivos. Esses papos de cumprir objetivos são uma velharia condicionada pela ala conservadora da sociedade, talvez não uma ala, a maior parte... Quem haverá de saber? Só sei que penso como penso porque sou eu que penso essas coisas, mas se não fosse, possivelmente nem acreditaria se me dissessem a respeito.

Não sou descrente nos meus ideais, entretanto onde estarão os meninos da praça, que sabem fazer espetáculos de pirofagia, mas não têm uma escola no curriculum? Onde estarão eles pra mostrar que o talento independe da burocracia? Onde estarão eles pra mostrar que é possível viver, mesmo sendo chutado pela sociedade, mesmo sendo difamado por expor sua arte, e ainda assim, sorrindo no fim do dia quando consegue o ganha-pão de quem acredita na arte, no amor, ou simplesmente na demagogia?

Complicado não é a vida, é o sentido que se guia ela. Sei lá, é provável que seja muita coisa ou seja nada. Não é taxando algo de complicado que se obtém de onde vem a complicação, porque assim, você pode achar que tanta coisa é fruto disso, que simplesmente vai sair dizendo que os sentimentos dos animais são complicados, só por meras coincidências. Não há fundamento, esse é o grande ponto a se discutir.

O que falta fundamento não tem lógica; não porque a lógica inexista como um todo, mas a lógica inexiste no que tangencia a discussão: como discutir sem ter um princípio que respeite o diálogo? É como se fosse simplesmente a união de dois monólogos intercalados; podem calhar de modo a falar sobre o mesmo assunto, mas não como regra. É justamente nisso que se destrói o princípio de respeitar o diálogo, só ficou uma certa possibilidade de bater os assuntos ditos, não a regra que haja dialética. E sim, esse é um condicionamento plausível: a dialética para com o diálogo, por mais pleonástico que soe.

Feitas todas as considerações, é melhor elevar as luzes no fim do túnel a um nível mais abstrato, modificar aquela forma elíptica, talvez circular que vive no fim inatingível e trazer formas psicodélicas, fractais, talvez lineares, mas que estejam perto. Vivenciar metas é melhor que deturpar-se nesse conceito de objetivo que tanto é berrado aos ouvidos, mastigado nos discursos, vivenciado em histórias desde crianças. Crianças essas que de tão inocentes e dispostas a aprender o que lhes for apresentado, são perfeitas para se submeter à alienação desde que às for concedido o exercício de raciocinar. Mas não, isso não entrará em pauta! Por quê?!

E como fazer a geometria de luzes do túnel ser acessível? Essa, creio eu, não é uma pergunta complicada: a grande ideia é justamente acabar com objetivos, dissociando-os, rompendo com todas suas bases concretas e instaurando metas que possam compensá-los. Vejo que metas podem ser alteradas com frequência e no máximo podem corroborar para que haja uma mudança no caminho, mas não no motivo de abrir os olhos, imaginar, raciocinar, etc. E isso não é o mesmo quando se trata de objetivos, pois há muitas responsabilidades inclusas, há muitas condições inclusas, há muitos problemas inclusos, sendo que só o que fica exclusa é a pluralidade de escolhas.

O problema, então, não é a segregação de valores, mas a submissão coletiva a valores numa frequência ininterrupta. Essa frequência força que hajam objetivos de vida, sendo que seu conteúdo impõe os tipos de objetivo, os estilos de vida, etc. Eis que vêm as indagações: tudo isso por que? Tudo isso para que? Por que tudo isso? São muitas dúvidas, mas ainda assim, hoje não tenho discernimento pra responder qualquer uma delas...