domingo, 27 de janeiro de 2013

Meu sentido é falho e minha falha é sentida

Me encontro dissimulado; não reconheço o fruto do meu pensamento, se é que os fatos acontecem como o pensado; o tempo vem parecendo muito discreto, embora haja uma discrepância entre o viver e o notar as horas. O 'eu' é forte, mas o 'mim' é fraco e isso repercute tanto na vida, que dá nem vontade de tomar um chá de hortelã pra relaxar, ouvindo o som da suavidade do meu quarto ou o som das minhas músicas (instigante), só por conta do cansaço mental.

Cansaço mental é algo absurdo, já que até quando dormimos, a mente está processando informações. Mas e aquela leitura pesada de um clássico da ciência ou um romance enigmático, que entorna toda sua mente sob a confusão que o processamento das informações gera? Poder-se-a dizer que essa confusão não é um cansaço mental? E, ainda, como a mente descansará então, tido que esta nunca para?

A indagação faz as pessoas irem longe, mas até quando ir muito longe é sinal de que se obtém mais respostas do que ir muito próximo? A Natureza, complexo de infinitos e infinitesimais, é simétrica em sua essência; por que tem-se essa ideia de que ir longe é tão significativo assim, se nem o mais próximo é sabido? As repostas podem até surgir mais facilmente quando se afasta do princípio, mas este não é algo tão conciso a ponto de não poder render respostas até o fim das perguntas. A culpa então deve ser da limitação da mente humana...

E os carnavais - ah, os carnavais... - são tão geniais. Não pela construção social e/ou filosófica que se tem a seu respeito, ou melhor, não me refiro ao carnaval. Falo dos devaneios, das lógicas que não têm sentido, falo de quando a mente raciocina muito, até que o muito sabota a "carne" - como diriam os religiosos - e a mente desgasta o coração. Mas sem maiores aprofundamentos, esse tema é jogar sujo comigo mesmo.

O eu apodrece o mim, e tantos pensamentos assim apodrecem o eu. Mas não pretendo explicar, porque já estou podre na condição de quem conjuga o verbo e podre na condição de quem é objeto do verbo.


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