- Eu vou me apresentar como 'Mesquita', mas há quem me chame de Cláudio. Minha estatura é média, mas sempre faço uma média dizendo que sou alto. Não sou! Se tenho vícios? Sim, realidade lúcida é realidade perdida, sou usuário de crack com orgulho.
- Próximo, por favor.
- Jamião! Nome complicado né? Meu pai que me deu com a sua grandiosidade, e se me permite, esse homem me educou muito bem. Eu tenho umas vontades meio doidas, costumo comer milho com ketchup, coisa que inventei com uma rapaziada que diz ser amiga minha. Ah, tenho 27 anos.
- Próximo!
- Sou Aquiles Fernando Jabirá, sou descendente de italiano.
- Só isso?! Próximo então.
- Façam-me o favor de conceder vossa atenção; aqui quem vos fala é Ernestinho. Tenho uma tara muito grande pelo desenvolvimento, trabalho em equipe e amor ao próximo. Li os escritos de Aleister Crowley, são macabros; há de ser tudo da lei!
- O próximo.
- Na verdade, é a próxima. Sou Juliane Carmela, tenho 19 anos. Fui fundadora do clube 'Amamos a Juliane Carmela', que hoje conta com 17 pessoas, jogadora de tênis de mesa amador e pratico sudoku há 1 mês.
- Puxa! Então, quem vem na sequência? Ó, vejo que agora as meninas estão começando a aparecer.
- Então, eu sou a Xarporifitina. Mas quem garante que essa seja eu? Não é a minha intenção ficar me apresentando como todos; não sei onde isso vai chegar. Quero saber quem és tu, que tanto pedes para que os próximos venham e nada fala. De onde surgimos? Não somos apenas simples personagens extraídas da sua cabeça para dar continuidade a esse fiasco narrativo, exijo meus direitos de personagem legítima e quero saber de onde vem esse interrogatório!
- Pois não, você é um fiasco narrativo, não devo-lhe satisfação.
- Fiasco narrativo, seu filho da puta? É assim que se trata uma condecorada personagem que reverte todo o sentido de um ensaio de pensamento completamente falho para um ensaio de pensamentos discutidos?!
- Não me interessa, você foi desagradável, não existe mais! Então, a próxima, por favor!
- Sou Fabiana, formada em engenharia mecânica pelo exército da Inglaterra, e sou fã de Ramones.
- Que instigante, quem dá continuidade?
- Meu nome nem queira saber, meu rapaz! Mas ultimamente sou conhecido por Batatinha. Vivo de trocas, desde objetos até serviços. Minha vida é bacana!
- Céus! Quem e...
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Reflexões desse Natal
Não lembro de muitas coisas, mas lembro de choro.
Não lembro de muitas coisas, mas lembro de gritos.
Não lembro de muitas coisas, mas lembro da violência.
A violência transtorna, mutila e rompe com a alma, desgasta todos fluidos de bons pensamentos, arranha a face de um coração que dá a cara a tapa. Não é sombria, mas cruel. É tão cumulativa, que vai enfatizando na mente todo o ódio possível até que seja suficiente para rebelar-se em fera, descontrolar-se em fúria, consolidar-se monstro. Monstro atroz, que só não sabe onde confiar teu rumo, mas despedaça a coesão, pobre criatura.
Queria poder saber onde acabo com a monstruosidade, mas esses complexos nervosos são indecifráveis. Sem dúvida, algo degradante. Entretanto, se não contiver o que de ruim se expandir, como à ordem chegar?
Lembro-me de Raul, não que ele dissesse a respeito disso, mas quanto àquela música que tanto se repete "coisas do coração". O que ocorre é exatamente isso, pois existe toda uma relação de envenenar, apodrecer e entristecer o coração nessa de, respectivamente, enfurecer, acalmar e lembrar. É uma autodestruição, suicídio da essência, propagação da infelicidade. E, tanto assim, tudo isso pra que?
Atenho-me que nunca há motivos para decair-se no ódio, visto que é tudo tão sem sentido e fugaz, que nem a própria humanidade sabe quanto vai durar e porque tanto dura. Em primeiro ponto, pode até parecer que isso me ponha indiferente em relação à existência ou não do ódio. Todavia, com um pouco mais de reflexão, basta lembrar que a fúria é autodestrutiva para quem a sente, o que faz total diferença na hora de escolher o melhor caminho para a prosperidade do ser.
Tem uns panacas aí que gostam de contribuir na desavenças, vulgo colocar lenha na fogueira. Esses não refletem pena, reflete desprezo. Sem mais.
Não lembro de muitas coisas, mas lembro de gritos.
Não lembro de muitas coisas, mas lembro da violência.
A violência transtorna, mutila e rompe com a alma, desgasta todos fluidos de bons pensamentos, arranha a face de um coração que dá a cara a tapa. Não é sombria, mas cruel. É tão cumulativa, que vai enfatizando na mente todo o ódio possível até que seja suficiente para rebelar-se em fera, descontrolar-se em fúria, consolidar-se monstro. Monstro atroz, que só não sabe onde confiar teu rumo, mas despedaça a coesão, pobre criatura.
Queria poder saber onde acabo com a monstruosidade, mas esses complexos nervosos são indecifráveis. Sem dúvida, algo degradante. Entretanto, se não contiver o que de ruim se expandir, como à ordem chegar?
Lembro-me de Raul, não que ele dissesse a respeito disso, mas quanto àquela música que tanto se repete "coisas do coração". O que ocorre é exatamente isso, pois existe toda uma relação de envenenar, apodrecer e entristecer o coração nessa de, respectivamente, enfurecer, acalmar e lembrar. É uma autodestruição, suicídio da essência, propagação da infelicidade. E, tanto assim, tudo isso pra que?
Atenho-me que nunca há motivos para decair-se no ódio, visto que é tudo tão sem sentido e fugaz, que nem a própria humanidade sabe quanto vai durar e porque tanto dura. Em primeiro ponto, pode até parecer que isso me ponha indiferente em relação à existência ou não do ódio. Todavia, com um pouco mais de reflexão, basta lembrar que a fúria é autodestrutiva para quem a sente, o que faz total diferença na hora de escolher o melhor caminho para a prosperidade do ser.
Tem uns panacas aí que gostam de contribuir na desavenças, vulgo colocar lenha na fogueira. Esses não refletem pena, reflete desprezo. Sem mais.
sábado, 15 de dezembro de 2012
Burocracia da crítica
Procurei, ah, se procurei o sentido da vida! Mas sendo bem sincero, não achei até então, e se talvez um dia eu descobrir, paro de viver; a graça vai acabar mesmo...
A graça é viver sobre planos de metas furados, sem objetivos. Esses papos de cumprir objetivos são uma velharia condicionada pela ala conservadora da sociedade, talvez não uma ala, a maior parte... Quem haverá de saber? Só sei que penso como penso porque sou eu que penso essas coisas, mas se não fosse, possivelmente nem acreditaria se me dissessem a respeito.
Não sou descrente nos meus ideais, entretanto onde estarão os meninos da praça, que sabem fazer espetáculos de pirofagia, mas não têm uma escola no curriculum? Onde estarão eles pra mostrar que o talento independe da burocracia? Onde estarão eles pra mostrar que é possível viver, mesmo sendo chutado pela sociedade, mesmo sendo difamado por expor sua arte, e ainda assim, sorrindo no fim do dia quando consegue o ganha-pão de quem acredita na arte, no amor, ou simplesmente na demagogia?
Complicado não é a vida, é o sentido que se guia ela. Sei lá, é provável que seja muita coisa ou seja nada. Não é taxando algo de complicado que se obtém de onde vem a complicação, porque assim, você pode achar que tanta coisa é fruto disso, que simplesmente vai sair dizendo que os sentimentos dos animais são complicados, só por meras coincidências. Não há fundamento, esse é o grande ponto a se discutir.
O que falta fundamento não tem lógica; não porque a lógica inexista como um todo, mas a lógica inexiste no que tangencia a discussão: como discutir sem ter um princípio que respeite o diálogo? É como se fosse simplesmente a união de dois monólogos intercalados; podem calhar de modo a falar sobre o mesmo assunto, mas não como regra. É justamente nisso que se destrói o princípio de respeitar o diálogo, só ficou uma certa possibilidade de bater os assuntos ditos, não a regra que haja dialética. E sim, esse é um condicionamento plausível: a dialética para com o diálogo, por mais pleonástico que soe.
Feitas todas as considerações, é melhor elevar as luzes no fim do túnel a um nível mais abstrato, modificar aquela forma elíptica, talvez circular que vive no fim inatingível e trazer formas psicodélicas, fractais, talvez lineares, mas que estejam perto. Vivenciar metas é melhor que deturpar-se nesse conceito de objetivo que tanto é berrado aos ouvidos, mastigado nos discursos, vivenciado em histórias desde crianças. Crianças essas que de tão inocentes e dispostas a aprender o que lhes for apresentado, são perfeitas para se submeter à alienação desde que às for concedido o exercício de raciocinar. Mas não, isso não entrará em pauta! Por quê?!
E como fazer a geometria de luzes do túnel ser acessível? Essa, creio eu, não é uma pergunta complicada: a grande ideia é justamente acabar com objetivos, dissociando-os, rompendo com todas suas bases concretas e instaurando metas que possam compensá-los. Vejo que metas podem ser alteradas com frequência e no máximo podem corroborar para que haja uma mudança no caminho, mas não no motivo de abrir os olhos, imaginar, raciocinar, etc. E isso não é o mesmo quando se trata de objetivos, pois há muitas responsabilidades inclusas, há muitas condições inclusas, há muitos problemas inclusos, sendo que só o que fica exclusa é a pluralidade de escolhas.
O problema, então, não é a segregação de valores, mas a submissão coletiva a valores numa frequência ininterrupta. Essa frequência força que hajam objetivos de vida, sendo que seu conteúdo impõe os tipos de objetivo, os estilos de vida, etc. Eis que vêm as indagações: tudo isso por que? Tudo isso para que? Por que tudo isso? São muitas dúvidas, mas ainda assim, hoje não tenho discernimento pra responder qualquer uma delas...
A graça é viver sobre planos de metas furados, sem objetivos. Esses papos de cumprir objetivos são uma velharia condicionada pela ala conservadora da sociedade, talvez não uma ala, a maior parte... Quem haverá de saber? Só sei que penso como penso porque sou eu que penso essas coisas, mas se não fosse, possivelmente nem acreditaria se me dissessem a respeito.
Não sou descrente nos meus ideais, entretanto onde estarão os meninos da praça, que sabem fazer espetáculos de pirofagia, mas não têm uma escola no curriculum? Onde estarão eles pra mostrar que o talento independe da burocracia? Onde estarão eles pra mostrar que é possível viver, mesmo sendo chutado pela sociedade, mesmo sendo difamado por expor sua arte, e ainda assim, sorrindo no fim do dia quando consegue o ganha-pão de quem acredita na arte, no amor, ou simplesmente na demagogia?
Complicado não é a vida, é o sentido que se guia ela. Sei lá, é provável que seja muita coisa ou seja nada. Não é taxando algo de complicado que se obtém de onde vem a complicação, porque assim, você pode achar que tanta coisa é fruto disso, que simplesmente vai sair dizendo que os sentimentos dos animais são complicados, só por meras coincidências. Não há fundamento, esse é o grande ponto a se discutir.
O que falta fundamento não tem lógica; não porque a lógica inexista como um todo, mas a lógica inexiste no que tangencia a discussão: como discutir sem ter um princípio que respeite o diálogo? É como se fosse simplesmente a união de dois monólogos intercalados; podem calhar de modo a falar sobre o mesmo assunto, mas não como regra. É justamente nisso que se destrói o princípio de respeitar o diálogo, só ficou uma certa possibilidade de bater os assuntos ditos, não a regra que haja dialética. E sim, esse é um condicionamento plausível: a dialética para com o diálogo, por mais pleonástico que soe.
Feitas todas as considerações, é melhor elevar as luzes no fim do túnel a um nível mais abstrato, modificar aquela forma elíptica, talvez circular que vive no fim inatingível e trazer formas psicodélicas, fractais, talvez lineares, mas que estejam perto. Vivenciar metas é melhor que deturpar-se nesse conceito de objetivo que tanto é berrado aos ouvidos, mastigado nos discursos, vivenciado em histórias desde crianças. Crianças essas que de tão inocentes e dispostas a aprender o que lhes for apresentado, são perfeitas para se submeter à alienação desde que às for concedido o exercício de raciocinar. Mas não, isso não entrará em pauta! Por quê?!
E como fazer a geometria de luzes do túnel ser acessível? Essa, creio eu, não é uma pergunta complicada: a grande ideia é justamente acabar com objetivos, dissociando-os, rompendo com todas suas bases concretas e instaurando metas que possam compensá-los. Vejo que metas podem ser alteradas com frequência e no máximo podem corroborar para que haja uma mudança no caminho, mas não no motivo de abrir os olhos, imaginar, raciocinar, etc. E isso não é o mesmo quando se trata de objetivos, pois há muitas responsabilidades inclusas, há muitas condições inclusas, há muitos problemas inclusos, sendo que só o que fica exclusa é a pluralidade de escolhas.
O problema, então, não é a segregação de valores, mas a submissão coletiva a valores numa frequência ininterrupta. Essa frequência força que hajam objetivos de vida, sendo que seu conteúdo impõe os tipos de objetivo, os estilos de vida, etc. Eis que vêm as indagações: tudo isso por que? Tudo isso para que? Por que tudo isso? São muitas dúvidas, mas ainda assim, hoje não tenho discernimento pra responder qualquer uma delas...
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Retrato artístico
Não foi alguma coisa,
Também não foi nada.
Sabe o que foi?
Foi trouxa!
Sujeito trouxa?
Fui eu!
Não só fui,
Tenho sido um completo.
Completo trouxa?
Não, um completo idiota!
Que idiotice da minha parte,
Mas não só da minha.
Só de todos que são isso.
Dessa vez isso o quê?
Só 'isso' mesmo.
Mas não vou explicar.
Eu queria muito!
Queria muito o quê?
Viver um pouco mais de uma maneira diferente.
Diferente como?
Do jeito que os cães vivem.
Os cães vivem latindo,
Mas o lado bom...
Ah, o lado bom...
O lado bom é que cães sempre amam seus donos.
Eu não tenho donos,
Não tenho dons,
Não tenho dó,
Não tenho nada.
Mas tenho amor próprio.
Sou feliz, até.
E é 'isso' aí!
Viu como sempre se acha o significado das palavras?
Se não viu, estamos no mesmo barco.
Se o barco afundar,
Mande flores para a ultima que arrancou um riso meu
Quando eu estava olhando sua fotografia.
Diga que elas virão de um pretérito mais-que-perfeito,
Mas não venha a ela dizer que as flores serão minhas.
As flores serão de um jardim falso,
Criado na minha imaginação.
Se ela não acreditar,
Beije-a com a dor do meu fim
E leve-a até o mar que o barco me deixou.
Quando a flor perder a vida,
Todos saberão o que fazer
E todos saberão o que dizer.
Então, beije-a novamente,
Só pra que o amor esteja entre a minha conexão
- A pessoa que acatar meu pedido -
E a face lúcida de um desejo escondido.
- Pois essa ultima valia meu sorriso, meus pensamentos e até meus sonhos -
E se o amor morrer
No dia em que eu sumir,
Acabe com meus versos,
Pois assim, nunca terei existido.
Mas nunca deixe de obedecer meus pedidos
E beije ela,
Só para que o beijo se torne arte e você aprenda a pensar.
Também não foi nada.
Sabe o que foi?
Foi trouxa!
Sujeito trouxa?
Fui eu!
Não só fui,
Tenho sido um completo.
Completo trouxa?
Não, um completo idiota!
Que idiotice da minha parte,
Mas não só da minha.
Só de todos que são isso.
Dessa vez isso o quê?
Só 'isso' mesmo.
Mas não vou explicar.
Eu queria muito!
Queria muito o quê?
Viver um pouco mais de uma maneira diferente.
Diferente como?
Do jeito que os cães vivem.
Os cães vivem latindo,
Mas o lado bom...
Ah, o lado bom...
O lado bom é que cães sempre amam seus donos.
Eu não tenho donos,
Não tenho dons,
Não tenho dó,
Não tenho nada.
Mas tenho amor próprio.
Sou feliz, até.
E é 'isso' aí!
Viu como sempre se acha o significado das palavras?
Se não viu, estamos no mesmo barco.
Se o barco afundar,
Mande flores para a ultima que arrancou um riso meu
Quando eu estava olhando sua fotografia.
Diga que elas virão de um pretérito mais-que-perfeito,
Mas não venha a ela dizer que as flores serão minhas.
As flores serão de um jardim falso,
Criado na minha imaginação.
Se ela não acreditar,
Beije-a com a dor do meu fim
E leve-a até o mar que o barco me deixou.
Quando a flor perder a vida,
Todos saberão o que fazer
E todos saberão o que dizer.
Então, beije-a novamente,
Só pra que o amor esteja entre a minha conexão
- A pessoa que acatar meu pedido -
E a face lúcida de um desejo escondido.
- Pois essa ultima valia meu sorriso, meus pensamentos e até meus sonhos -
E se o amor morrer
No dia em que eu sumir,
Acabe com meus versos,
Pois assim, nunca terei existido.
Mas nunca deixe de obedecer meus pedidos
E beije ela,
Só para que o beijo se torne arte e você aprenda a pensar.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Não chame os matemáticos
Imagine um espancamento, mas não qualquer espancamento! Imagine aquela pessoa que mais fez mais mal à sua própria vida sendo espancada. Pronto! Feito isso, estaremos aptos para dar continuidade.
Então, contarei a história de Elsio, baseada em fatos imaginados...
Sempre um rapaz muito fugaz, Elsio era cheio de contar histórias. Um dia, contou a história da sua vida para uma garota com o qual gostaria de compartilhar doces momentos do porvir: fazendo muito sexo e bebendo muita cerveja. Essa garota gostou muito dele, então passou uma semana e ele veio a falecer. A vida foi, como sempre o é, imprevisível, mas até o ultimo dia de sua vida, Elsio viveu um sonho.
O grande êxtase da vida do rapaz poderia ter sido conhecer a garota, mas quem sabe não teria sido o sonho. E aí é que a reflexão prospera e entorna a vida do ser crítico, pois, como será que ele veio a falecer? Não sabemos se foi uma vítima de acidente, de uma doença ou suicídio. Nada se sabe, tudo se conjectura.
Mas e quanto à garota, que terá acontecido com ela? Será que teriam marcado um encontro ou trocado contato? Também não se sabe, não se sabe nem o que aconteceu a ela um dia depois. Talvez tenha descoberto sobre o que aconteceu com o rapaz, mas e se não? E se ela acha que ele sumiu, sendo um completo idiota, inescrupuloso, criador de ilusão, mente vil? Assim, então, o bom senso seria a vítima.
E, pensando bem mais longe, se a garota tivesse o matado? Quais seriam os motivos desse crime ilógico, ou talvez lógico? Melhor nem pensar...
Aparentemente, uma história tão curta, simples e sem sal ou açúcar como essa é tão dialética; mas teria sido assim, tão dialética, se fosse mais longa ou, por infelicidade da dislexia, mais curta? Pois é, tantas perguntas assim poderiam enlouquecer aquele que presta atenção nas mesmas; justamente por isso, gosto bastante dos críticos e sempre entro em atrito com os que dedicam suas vidas às provas de tudo, embora os admire. Seria loucura da minha parte? Com certeza!
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Sem autolatria
Eu quero nunca mais ter que dormir, mas sorrir pelado, viver embriagado e ter menos idéias grandiosas.
Quero, inclusive, incinerar os vestígios de sentimento apaixonado. Há uma razão muito forte que compensa eu ter citado isso em outro parágrafo: sentimento apaixonado é sentimento vigário, estelionatário, suicida! É tão perigoso que precisa de muito cuidado e, sobretudo, ter fim quando surgir.
Quero, também, poder entregar meus olhos. Entregá-los aos que não vêem o sofrimento que posso ver, e receber os olhos de quem vê o sofrimento do qual não vejo. Não é só isso, preciso de mais dores, lágrimas e sangue. Tenho sentido dores, mas às reprimo; tenho chorado, mas as lagrimas tenho escondido; tenho me mutilado, mas o sangue encobriu as entranhas da percepção. Aparentemente, só tenho sido uma pessoa confusa, mas a beleza da nostalgia há de mostrar que a confusão é só um reflexo do sofrimento que preferi esconder.
Preciso de uma maneira não contraditória de poder amar sem estar apaixonado. O amor move montanhas - ouço muito dizer. Não haverá, talvez, uma forma que eu possa mover montanhas sem vender minha alma pelo dom? Necessito descobrir isso o quanto antes; será o suficiente para eu propor uma nova fórmula científica que faça o mundo chegar em uma utopia! Ah, imaginação autofágica, por que todo novo conhecimento é tão retroativo e, ao mesmo tempo, tão destrutivo? Falar em utopias é autofagia descarada!
Não tenho tempo para pensar naquilo que pode corrigir meus pensamentos errados, e provavelmente essa é a última parte do caminho que ruma ao meu fim. Mas nem tudo está perdido, tenho um corpo saudável; a "salvação" poderá estar na "carne". Não que eu acredite nisso, mas não tenho uma verdade fixa a acreditar, então fica suscetível um "pode ser" para tudo que possa acontecer ou simplesmente ser - com ênfase de entrelinhas no 'ser'.
Os resultados têm sido muito contagiosos; refiro-me às avaliações que outrem tem feito de mim. Sou avaliado como tão péssimo em tudo, que até aquilo que não era tudo se tornou. Não pretendo mudar isso, a natureza vive de tendências e toda tendência alterada tem um reflexo relativo à mudança; mudanças se denigrem (
A cura dessas minhas complexidades já passou à frente dos meus olhos. Talvez uma, duas ou três vezes, ou talvez vinte, trinta ou quarenta vezes. O importante é que eu sei qual a cura, e por mais inatingível que 'ela' seja, se eu morrer por sua falta, a culpa não terá sido minha.
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Coloração
As pipas estão brincando com a vista,
E as crianças brincam com as pipas.As crianças, hoje e amanhã,
Não têm mais idade,
Têm apenas atitude.
Quanto mais longe do chão,
A vaidade mais aparece:
As crianças têm apenas altitude.
Parece que é uma questão de cultura,
Talvez arte, talvez ostentação.
E de fato, é quase que tudo isso,
Mas o que se ostenta é amor,
A cultura do amor,
A arte do amor.
Uma disputa sem fim, nem começo,
Nem ódio, nem rancor.
Mas não como regra, claro.
O céu não precisa estar azul,
O vento não precisa estar soprando.
O que se precisa é o pipa, a rabiola, a linha e o dom.

Por vezes, uma marca de sangue aqui,
Uma marca de sangue ali.
Mas nada para se acanhar,
Afinal, o parto é um dos momentos mais felizes da vida,
E nem quero mencionar o sangue do mesmo.
Uns sentiram a dor da latada,
Alguns - infelizmente - a dor de um atropelamento, leve ou não,
Outros nada disso.
Mas são bons momentos...
"VEM BUSCAAAR!"
"RELOOO!"
E de bons momentos,
Sempre ouve-se aquelas expressões vulgarmente graciosas.
"Veio buscar o meu amigo e eu tava passando um pano... tomou-lhe um relo."
É, a vida é bela,
E a de muitos é cinza grande parte do ano.
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Luz na cara
Não sei o que quero da vida, nem se quero algo da vida, aliás, não sei se sei algo, até mesmo aquilo que sei que não sei. Tudo isso porque contestei, fui atrás logo da essência, do que me mantinha vivo, dos motivos para não resistir à tentação de deixar esse mundo e conhecer a sensação da morte. Fui atrás de muito, e sem ter base alguma, acabei cá, a relatar aquilo que não sei.
Deve ser o amor no ar - a amizade de época longínqua e aquilo que descobri a respeito dos meus sacrifícios. Mas pode ser o ar de épocas difíceis na universidade, o ar da carência em razão daqueles que sempre estiveram tão próximos e hoje tão inexistentes. Ou será nada e eu apenas vivo um momento, daqueles inúmeros que já tive, que reflete minhas complexidades mentais. Sendo essa ultima a mais plausível.
Eu não sou uma pessoa complexada, sou gente boa das idéias bacanas. Ao menos, eis o que tento me convencer mentalmente a cada vez que ouço sobre o meu método confuso de pensar, agir, falar. E não é pra tanto, muitas das minhas idéias são tão simples, de uma natureza tão bacana, que acho que o inferno são os outros. E quanto à confusão? Os outros! Sou um ser utópico das mentiras descaradas, não há porque temer, sei que não sou o estranho da história. - Ofensas à parte.
Também posso afirmar que sou uma pessoa extremamente difícil de se lidar; às vezes, discuto comigo mesmo. Mas a grande realização da vida não é recondicionar-se a cada dia para poder se adaptar às condições mais diversas e mesmo assim seguir um caminho pré-planejado contando com a variabilidade e sendo feliz? Não, pra falar a verdade, acho que não. Nem bem entendi o que explanei, ou estou dizendo que não entendi para que isso fique cômico - Interpretações à parte.
Mas atendo-me ao que interessa, sou complicado mesmo, diariamente vejo pessoas dando as costas a mim por conta da minha irritabilidade, ao mesmo tempo vendo pessoas que deram as costas voltarem a falar comigo, talvez por conta do meu jeito pseudo-cômico. Como as pessoas mais despreocupadas dizem, não ligo. Como as pessoas mais clichês dizem, quem está comigo sempre esteve e nunca virou as costas. Aí fica a mercê daquele que me lê - caso seja a vontade de entender o que realmente quero dizer - que busque a satisfação das minhas mentiras e corrompa com as minhas verdades, pois só assim para obter minha sinceridade.
Quanto aos fatos que circundam essa época estranha, faz frio, e se bem vejo o céu, quase que não o vejo: é noite. Entretanto, o frio e a escuridão não me assombram. Talvez só o frio, talvez não, talvez nada...
Deve ser o amor no ar - a amizade de época longínqua e aquilo que descobri a respeito dos meus sacrifícios. Mas pode ser o ar de épocas difíceis na universidade, o ar da carência em razão daqueles que sempre estiveram tão próximos e hoje tão inexistentes. Ou será nada e eu apenas vivo um momento, daqueles inúmeros que já tive, que reflete minhas complexidades mentais. Sendo essa ultima a mais plausível.
Eu não sou uma pessoa complexada, sou gente boa das idéias bacanas. Ao menos, eis o que tento me convencer mentalmente a cada vez que ouço sobre o meu método confuso de pensar, agir, falar. E não é pra tanto, muitas das minhas idéias são tão simples, de uma natureza tão bacana, que acho que o inferno são os outros. E quanto à confusão? Os outros! Sou um ser utópico das mentiras descaradas, não há porque temer, sei que não sou o estranho da história. - Ofensas à parte.
Também posso afirmar que sou uma pessoa extremamente difícil de se lidar; às vezes, discuto comigo mesmo. Mas a grande realização da vida não é recondicionar-se a cada dia para poder se adaptar às condições mais diversas e mesmo assim seguir um caminho pré-planejado contando com a variabilidade e sendo feliz? Não, pra falar a verdade, acho que não. Nem bem entendi o que explanei, ou estou dizendo que não entendi para que isso fique cômico - Interpretações à parte.
Mas atendo-me ao que interessa, sou complicado mesmo, diariamente vejo pessoas dando as costas a mim por conta da minha irritabilidade, ao mesmo tempo vendo pessoas que deram as costas voltarem a falar comigo, talvez por conta do meu jeito pseudo-cômico. Como as pessoas mais despreocupadas dizem, não ligo. Como as pessoas mais clichês dizem, quem está comigo sempre esteve e nunca virou as costas. Aí fica a mercê daquele que me lê - caso seja a vontade de entender o que realmente quero dizer - que busque a satisfação das minhas mentiras e corrompa com as minhas verdades, pois só assim para obter minha sinceridade.
Quanto aos fatos que circundam essa época estranha, faz frio, e se bem vejo o céu, quase que não o vejo: é noite. Entretanto, o frio e a escuridão não me assombram. Talvez só o frio, talvez não, talvez nada...
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Quase semana
Acho melhor me abster da sensação, mas que tal se eu disser a respeito de tudo aquilo que não consigo fazer? Pode ser. Pode ser que seja mais fácil ou talvez não, já que o motivo de eu não fazer é o mesmo motivo de eu estar a escrever isso, que é o mesmo motivo que me faz estar perdido nessa linha que acabei de começar. Ah, saudade.
Os pensamentos vêm e vão. Mas quando a saudade está em jogo, eles vêm e vêm e vêm e não param de vir. Tem horas que, confesso, não sei onde colocar tantos pensamentos, então sobreponho outros. E por que será isso? Já não sei mais responder, os pensamentos responsáveis por responder perguntas estão ocupados com os pensamentos de saudade.
É possível que amanhã eu esteja sem eles, mas essa possibilidade é tão ínfima quanto cair um meteoro na minha cabeça quando eu estiver andando por aí. Porém, como aprendi com os que tem fé (os enfézados), tudo é possível. Mas a saudade é um sentimento que gosta de quebrar regras, e já não sei se é tão possível assim mudar de um dia pro outro...
Enfim, a chuva cai, o céu encinza, todos somem; acho que isso é conspiração. Ok, talvez só coincidências. Malditas coincidências! Me deixaram essa espécie de carência, mas melhor nem falar sobre. Essa chuviscada que se repete de hora em hora não merece minha compaixão, então vou me abster desse complexo de sentimentalismo.
Não! Sentimentalismo foi exatamente a palavra que encontrei quando conjecturava sobre minha maior característica como redator. Então é melhor rever se vou me abster dele mesmo, pois posso deixar de ser eu. E imagino como seria ruim deixar de ser eu mesmo, eu viraria um nada. Complicado isso aí!
Vou rever minhas hipérboles e complexidades. Mas aí entra novamente a quebra de regras que a saudade proporciona, ela é a própria hipérbole sentimental. E não dá pra mudar aquilo que não se pode manipular, então esse negócio de rever minhas hipérboles já não vai rolar. Já a complexidade é um reflexo da hipérbole, então nada feito nesse papo de "revisionismo" - Não que o termo caia bem aqui -.
Cá entre nós, penso também que ficaria muito vago eu dissertar tanto a respeito de algo, se eu não dissesse porque tanto falo sobre isso. Bom, que fique vago! Não vou citar o nome da Mariana, e nem dizer que estou morrendo de saudade dela, isso tiraria a impessoalidade do texto. Portanto, das palavras que eu não disse, que saia a conclusão do que a saudade me faz, pois deixar tão explícito depois desse humilde jogo de palavras seria tirar todo o meu mérito de 'aquele que escreve nas entrelinhas'.
Os pensamentos vêm e vão. Mas quando a saudade está em jogo, eles vêm e vêm e vêm e não param de vir. Tem horas que, confesso, não sei onde colocar tantos pensamentos, então sobreponho outros. E por que será isso? Já não sei mais responder, os pensamentos responsáveis por responder perguntas estão ocupados com os pensamentos de saudade.
É possível que amanhã eu esteja sem eles, mas essa possibilidade é tão ínfima quanto cair um meteoro na minha cabeça quando eu estiver andando por aí. Porém, como aprendi com os que tem fé (
Enfim, a chuva cai, o céu encinza, todos somem; acho que isso é conspiração. Ok, talvez só coincidências. Malditas coincidências! Me deixaram essa espécie de carência, mas melhor nem falar sobre. Essa chuviscada que se repete de hora em hora não merece minha compaixão, então vou me abster desse complexo de sentimentalismo.
Não! Sentimentalismo foi exatamente a palavra que encontrei quando conjecturava sobre minha maior característica como redator. Então é melhor rever se vou me abster dele mesmo, pois posso deixar de ser eu. E imagino como seria ruim deixar de ser eu mesmo, eu viraria um nada. Complicado isso aí!
Vou rever minhas hipérboles e complexidades. Mas aí entra novamente a quebra de regras que a saudade proporciona, ela é a própria hipérbole sentimental. E não dá pra mudar aquilo que não se pode manipular, então esse negócio de rever minhas hipérboles já não vai rolar. Já a complexidade é um reflexo da hipérbole, então nada feito nesse papo de "revisionismo" - Não que o termo caia bem aqui -.
Cá entre nós, penso também que ficaria muito vago eu dissertar tanto a respeito de algo, se eu não dissesse porque tanto falo sobre isso. Bom, que fique vago! Não vou citar o nome da Mariana, e nem dizer que estou morrendo de saudade dela, isso tiraria a impessoalidade do texto. Portanto, das palavras que eu não disse, que saia a conclusão do que a saudade me faz, pois deixar tão explícito depois desse humilde jogo de palavras seria tirar todo o meu mérito de 'aquele que escreve nas entrelinhas'.
domingo, 11 de novembro de 2012
Quem sabe
Ah, matemática e filosofia, onde vocês foram me levar? Por que essa subversão, essa conspiração contra o mundo, contra a vida? Por que me levaram para tão longe de onde meus pés estão? Por que me fazem ser tão desastrado com as pessoas que tenho algum sentimento? E por que tão canalha com aquelas que não desenvolvo um sentimento? Sou tão ser humano falho e instintivamente podre, não sei se estou apto a viver socialmente. Das gírias mais populares, um verdadeiro oito-oitenta. Isso me assombra.
Queria viver mais nesse mundo da Terra, pois vide a expressão, o mundo da Lua tem uma gravidade muito diferente da que estou acostumado. Mas também já não sei mais se estou tão desacostumado assim, é tudo tão inédito, cada dia parecendo anos, que talvez todos esses anos sejam suficientes para adquirir o costume.
Queria também ser mais comum, mais normal; igual aos que converso ou observo. Dói muito querer falar aquilo que não se pode dizer àquele que está ali para te ouvir. É uma dor que desfigura os sentidos e você não sabe se está ali para comover a pessoa com palavras rebuscadas de fonética agradável com pronúncia sensível ou assustar a pessoa com palavras simples porém drásticas. É tudo bem problemático.
Problemático é dizer qualquer coisa que faz sentido na mente, mas em ondas sonoras perde a tendência, a linha de raciocínio; perde-se de si próprio. Problemático é explanar pensamento exaustivo, evasivo e vagabundo! E isso consome a alma, justamente porque pode ser o típico pensamento de mim.
Ah, conjecturas e arte abstrata. Por que tanto me atraem? Por que tanto admiro aquele poema do Fernando Pessoa? Minha mente já não está mais suportando essa barra, parei com meus vícios e agora estou me viciando em confusão. Para cada religião há uma solução diferente, para cada tipo de médico há uma cura diferente, e por fim, para cada amigo há uma deliberação sentimental diferente. Não sei se alguém pode me ajudar senão eu, mas também acho que não preciso de ajuda, preciso é de mais sobriedade.
E quem sabe não seja questão de surpresa contra a tendência desilusiva? Quem sabe...
Queria viver mais nesse mundo da Terra, pois vide a expressão, o mundo da Lua tem uma gravidade muito diferente da que estou acostumado. Mas também já não sei mais se estou tão desacostumado assim, é tudo tão inédito, cada dia parecendo anos, que talvez todos esses anos sejam suficientes para adquirir o costume.
Queria também ser mais comum, mais normal; igual aos que converso ou observo. Dói muito querer falar aquilo que não se pode dizer àquele que está ali para te ouvir. É uma dor que desfigura os sentidos e você não sabe se está ali para comover a pessoa com palavras rebuscadas de fonética agradável com pronúncia sensível ou assustar a pessoa com palavras simples porém drásticas. É tudo bem problemático.
Problemático é dizer qualquer coisa que faz sentido na mente, mas em ondas sonoras perde a tendência, a linha de raciocínio; perde-se de si próprio. Problemático é explanar pensamento exaustivo, evasivo e vagabundo! E isso consome a alma, justamente porque pode ser o típico pensamento de mim.
Ah, conjecturas e arte abstrata. Por que tanto me atraem? Por que tanto admiro aquele poema do Fernando Pessoa? Minha mente já não está mais suportando essa barra, parei com meus vícios e agora estou me viciando em confusão. Para cada religião há uma solução diferente, para cada tipo de médico há uma cura diferente, e por fim, para cada amigo há uma deliberação sentimental diferente. Não sei se alguém pode me ajudar senão eu, mas também acho que não preciso de ajuda, preciso é de mais sobriedade.
E quem sabe não seja questão de surpresa contra a tendência desilusiva? Quem sabe...
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Fora de si
Talvez o desconforto seja decorrente da dor, mas não o oposto. Às vezes, a dor parece até confortável, parece que com ela acontece a inspiração. E aí quando o senso racional lembra de onde vem a dor, aí sim o desconforto aparece. Mas isso é apenas falácia.
Digo isso porque há alguém, de uma existência tão esplêndida e nostálgica, que meus olhos voltados ao seu presente causam imensa dor, mas também inspiração. Essa, que talvez movida pelo amor, é a ultima força capaz de me levar para perto dessa presença, já que o corpo físico reflete uma história muito subversiva e disso eu tento me esquecer, para a dor não corromper minha memória e as lágrimas não transbordarem meu rosto com a emoção que pretendo esconder.
Só quem já sentiu amor de verdade pode entender o que é a tristeza, na sua forma mais sólida e irrefutável. E esse entendimento leva à comoção, não por um pedido de pena, mas por uma sensação de desconforto e carência afetiva, justamente os reflexos da dor. Mas não posso criar culpas e culpados. Nesse meu tempo de vida, pude aprender que isso é mudar a cara do problema, sem resolvê-lo. Pode até ser que em alguma situação isso ajude, mas não nesse caso.
Eu já procurei inúmeras maneiras de fugir da realidade, e até consegui diversas vezes. Entretanto, para isso há um preço, isto é, por abrir os olhos de maneira diferente, por mais óbvio que pareça, você enxerga diferente. Acontece que nem sempre a intenção era enxergar diferente, ninguém quer ver errado aquilo que já estava certo, e é nisso que muitos irmãos caem. Eu mesmo já estive próximo de cair alguma vez, se já não caí.
Cair, independente do quando, não é o problema, ninguém nasce sabendo andar. O problema é que ao cair, muitos se esquecem como faz para levantar, e antes de lembrar ou reaprender, são pisados vezes suficientes para nunca mais ter vontade de levantar. É aí que minha dor se acentua, é aí que meu medo se perpetua, é aí que a história subversiva se encontra. Não quero que a progressão continue do jeito que vem acontecendo; quero mais! Quero ver mais sorrisos, mais histórias engraçadas, mais aventuras, praticamente imploro por um segundo Sol, pois este já não esquenta mais.
E de tão frio que está, só a memória aquece. Isso quando não se compara a memória com o hoje, pois quando o acontece, é uma farpa que atravessa o peito de maneira perversa.
Mas hoje não é dia de permitir que o triste vença o feliz, pois a primavera tem deixado lindos jardins em torno da minha imaginação e agora posso a ver a Mariposa quando não posa...
Digo isso porque há alguém, de uma existência tão esplêndida e nostálgica, que meus olhos voltados ao seu presente causam imensa dor, mas também inspiração. Essa, que talvez movida pelo amor, é a ultima força capaz de me levar para perto dessa presença, já que o corpo físico reflete uma história muito subversiva e disso eu tento me esquecer, para a dor não corromper minha memória e as lágrimas não transbordarem meu rosto com a emoção que pretendo esconder.
Só quem já sentiu amor de verdade pode entender o que é a tristeza, na sua forma mais sólida e irrefutável. E esse entendimento leva à comoção, não por um pedido de pena, mas por uma sensação de desconforto e carência afetiva, justamente os reflexos da dor. Mas não posso criar culpas e culpados. Nesse meu tempo de vida, pude aprender que isso é mudar a cara do problema, sem resolvê-lo. Pode até ser que em alguma situação isso ajude, mas não nesse caso.
Eu já procurei inúmeras maneiras de fugir da realidade, e até consegui diversas vezes. Entretanto, para isso há um preço, isto é, por abrir os olhos de maneira diferente, por mais óbvio que pareça, você enxerga diferente. Acontece que nem sempre a intenção era enxergar diferente, ninguém quer ver errado aquilo que já estava certo, e é nisso que muitos irmãos caem. Eu mesmo já estive próximo de cair alguma vez, se já não caí.
Cair, independente do quando, não é o problema, ninguém nasce sabendo andar. O problema é que ao cair, muitos se esquecem como faz para levantar, e antes de lembrar ou reaprender, são pisados vezes suficientes para nunca mais ter vontade de levantar. É aí que minha dor se acentua, é aí que meu medo se perpetua, é aí que a história subversiva se encontra. Não quero que a progressão continue do jeito que vem acontecendo; quero mais! Quero ver mais sorrisos, mais histórias engraçadas, mais aventuras, praticamente imploro por um segundo Sol, pois este já não esquenta mais.
E de tão frio que está, só a memória aquece. Isso quando não se compara a memória com o hoje, pois quando o acontece, é uma farpa que atravessa o peito de maneira perversa.
Mas hoje não é dia de permitir que o triste vença o feliz, pois a primavera tem deixado lindos jardins em torno da minha imaginação e agora posso a ver a Mariposa quando não posa...
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Força de indução
Dissertar a respeito do inatingível. Ultimamente venho procurando essa façanha, e acho-a estúpida, embora partindo dessa estupidez que minha confusão mental venha acontecendo e se restituindo cada vez mais complexa e inconclusiva. Mas o estopim da criação do texto do qual redijo neste momento foi muito além da objetivação de algo subjetivo. Agora quero falar do subjetivo, mas de maneira que eu não deixe de tangenciar os limites da razão e, por questão de respeito às idéias subjetivas, não deixe a razão sobrepor aquilo que almejo: o abstrato.
Por bom tempo, tudo aquilo que foi abstrato me comoveu. Parecia tão inédito e tão sem valor que eu logo deixei a abstração tomar um rumo paralelo à minha vida e, por conseguinte, deixei de crer que o abstrato é íntimo do meu pensar. Tolice! Todos os dias, a vida nos mostra que está em constante processo de reciclagem de acontecimentos e concepção dos acontecimentos. Bem por isso, menciono a abstração, não há dia que passe sem enxergar, ouvir ou sentir um complexo abstrato. Veja as formas das nuvens, veja os muros das ruas que percorre, ouça uma música dotada de muitas imperfeições, ouça o som dos pombos batendo as asas, sinta o calafrio inerente à sua vontade nos momentos mais improváveis, mas veja! Ouça! Sinta!Ouve-se dizer que o pior cego é aquele que não quer ver, mas talvez seja aquele que diz ver, ao passo que de fato vê, mas não sabe disso e ainda assim mente. Mas isso não tem prova, é transcendente, é visão que vai além de imagens, portanto não é racional, muito menos sentimental. É algo inconclusivo, e seguindo aquilo que havia dito, só vou tangenciar baseado na razão. A identificação desse fato na razão é como a sombra da Terra na Lua, num eclipse lunar, de modo que a Lua seja a razão, o Sol a transcendência e a Terra o corpo ou alma daquele que transcende, de uma maneira muito mais complexa que essa analogia.
Há uma brecha na limitação das idéias, algo que permite entender que não se entende tudo aquilo que entende. Os cientistas abusam disso com a sua tal ganância pelo conhecimento e sempre vão contradizendo gerações de pensamentos com as suas idéias mirabolantes e provando-as matematicamente, com a desculpa que a matemática não erra. Personificam a matemática como se ela fosse algo além de linguagem, quando usada no desenvolvimento de idéias. Desfiguram o conceito de ferramentas baseadas em lógica, só pra provar, tendenciosamente, que suas conclusões não partiram de um vasto nada. Como se a lógica permitisse gerar algo, e não apenas, desenvolver um ponto de partida já inventado ou deduzido por alguém...A matemática como linguagem só prova aquilo que a mente concebe. Há um estudo dessa linguagem, do qual também se chama matemática e usa de ferramentas matemáticas para provar ela mesma. Isso soa muito engraçado! Mas é claro que há uma distinção, a ciência da linguagem e a linguagem aplicada. Portanto, matemática em função de si mesma - matemática pura, matemática em função de fenômenos adversos a si mesma - matemática aplicada. Mas não se acanhe ao ler isso, definir matemática é um equívoco tão grande quanto acreditar que ela é exata até naquilo que concerne. Mas as definições servem de orientação, não fosse isso, dificilmente haveria desenvolvimento de inúmeros conceitos científicos, como o conceito de átomo, por exemplo.
Mas qual a razão de citar e desenvolver idéias aparentemente diferentes daquela que introduzi? Acho que a matemática é a melhor linguagem pra descrever o abstrato. E acho isso com tanta certeza que o aleatório que pertence ao abstrato só é aleatório por padrões de aleatoriedade e isso é tão paradoxalmente belo que seria uma falta de caráter minha não fazer uma menção por meio de figura de ao menos um sistema dinâmico, no caso uma representação do Conjunto de Mandelbrot.
Voltando ao que interessa, a matemática está cada vez mais se introduzindo na minha vida por meio da padronização de um possível aleatório. Não uma introdução formal, mas em forma de concepção. Uns dizem que é filosofia, mas prefiro não falar sobre filosofia num momento tão crucial quanto esse em minhas palavras. É hora de concluir aquilo tudo que tento explanar, e a melhor forma de fazê-la é juntar essas pequenas peças que vem desde o contato diário com a abstração, a brecha na limitação das idéias, a transcendência e a padronização do aleatório. Ou seja, a matemática é a caligrafia com que escrevo o roteiro da minha vida, de forma que o abstrato incorpora o roteiro e me leva para contato de desde aquilo que é palpável até aquilo que eu hei de alcançar de alguma forma transcendente.
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Brevidade cultural
Sem acesso ao dicionário,
pode-se viver,
mas vive-se vazio.
Não há esperança,
não há flor pra crescer no jardim,
muito menos jardim,
muito menos água para se regar,
muito menos sorriso pra esboçar.
Não existe céu,
nem Sol pra esquentar,
nem a Lua para a noite guiar,
nem o vento para a roupa secar,
nem a roupa para o corpo imundo vestir.
Falta a felicidade,
junto, autenticidade.
Falta contestação
e também os poemas.
Falta meses frios, quentes e demais.
Não se pode entender tudo o que acabei de dizer com sujeito inexistente.
pode-se viver,
mas vive-se vazio.
Não há esperança,
não há flor pra crescer no jardim,
muito menos jardim,
muito menos água para se regar,
muito menos sorriso pra esboçar.
Não existe céu,
nem Sol pra esquentar,
nem a Lua para a noite guiar,
nem o vento para a roupa secar,
nem a roupa para o corpo imundo vestir.
Falta a felicidade,
junto, autenticidade.
Falta contestação
e também os poemas.
Falta meses frios, quentes e demais.
Não se pode entender tudo o que acabei de dizer com sujeito inexistente.
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Claudia
Nem sujo, nem mal lavado,
O meu nome é Claudia.
Não tenho dia, não tenho noite,
Tenho um próprio estilo de vida.
Bigodes, carícias,
Não era isso que você queria?
Contraponto, contraexemplo,
E tanta admiração.
Eu vou confessar que isso é coisa de irmão.
A barba cresce, o cabelo encurta
E sentimento prevalece.
Quanto capricho, quanta intimidade,
O palhaço sofre.
Lá vem o Zé chinelas pagando uma de mal
A idéia fluindo na moral.
Parece que não entendeu, o cara enlouqueceu
O diálogo acabou, morreu.
Eu vou confessar que isso é coisa de irmão.
Existe um rolê, existe uma essência,
Existe curaçau.
Nem todos o conhecem, poucos o detestam,
Mas esse é quente.
Ele vive num contexto, no contexto da união,
Acabaram os dias frios, acabou a reunião,
Esse tempo tá estranho e acaba sem refrão.
O meu nome é Claudia.
Não tenho dia, não tenho noite,
Tenho um próprio estilo de vida.
Bigodes, carícias,
Não era isso que você queria?
Contraponto, contraexemplo,
E tanta admiração.
Eu vou confessar que isso é coisa de irmão.
A barba cresce, o cabelo encurta
E sentimento prevalece.
Quanto capricho, quanta intimidade,
O palhaço sofre.
Lá vem o Zé chinelas pagando uma de mal
A idéia fluindo na moral.
Parece que não entendeu, o cara enlouqueceu
O diálogo acabou, morreu.
Eu vou confessar que isso é coisa de irmão.
Existe um rolê, existe uma essência,
Existe curaçau.
Nem todos o conhecem, poucos o detestam,
Mas esse é quente.
Ele vive num contexto, no contexto da união,
Acabaram os dias frios, acabou a reunião,
Esse tempo tá estranho e acaba sem refrão.
domingo, 19 de agosto de 2012
Imagens Lunares
Um céu bem preto e branco, vejo apenas o cinza. Descuido e inquietação, vejo apenas atitudes sem noção. Amor e paixão, vejo apenas que não deveria dizer a respeito. Ah, mais uma explanação sentimental ou uma teoria filosóficosocial nesse blog? Talvez de tudo um pouco, mas sem alcool dessa vez, quero tratar-me sériamente.
Por vezes, procurei encontrar um equilíbrio entre minha mente e o meu coração. Mas sempre que chego próximo a isso, encontro uma barreira e geralmente não consigo passar. Isto é, me apaixono ou descubro que estou muito carente de inteligência - só pra eufemizar a autodenominação de burro -. Ultimamente venho atingindo níveis intelectuais anteriormente desejados, mas imagine o que isso acarreta. Paixão... paixão!
E não sei se por razão do momento ou de tudo aquilo que penso quando não estou a escrever, essa paixão é diferente. Parece que me identifiquei com alguém de qualidades tão diferentes, que é algo contraditório. Mas diferentemente belo, diferentemente entusiasmante, instigante. Instigantemente apaixonante. Uma pessoa que sempre sorri, mas sorri das mais rebuscadas coisas, hoje sorrindo a toa. Pareço estúpido, tenho medo disso. Essa estupidez vem criando até limites, bem possivelmente por causa do passado e as frustrações do mesmo, mas limites que impedem-me de sorrir nos momentos mais propensos a isso, assim firmando uma confusão mental. Olhe como minha mente está contraditória! E isso não é nada...
Sempre buscando justificativas para os erros, só pra dizer que a intenção foi fazer algo certo. Às vezes, apenas um surto de timidez. Mas devemos justificar com os mais belos argumentos, mascarando-nos. E por quê isso?! Não sei, gostaria de entender um pouco mais a mente humana, confesso. O problema é que certas atitudes podem gerar desencanto, mas não pretendo ser explícito, ou seja, as indiretas aqui escritas são minhas aliadas. E isso também cai na regra de justificar os erros.
Aí com tantas complexidades tanto da mente quanto do coração, fica difícil realmente determinar uma tendência para a vida, pelo menos algum plano para as próximas semanas. E essa falta de rotina me deixa louco, me deixa sem qualquer palavra para descrever como eu sinto, apenas falando sobre pensamentos e mais pensamentos. Mas esses não geram sensações estranhas no corpo, no máximo opiniões geradas sobre essas mesmas sensações. E, bem, esse assunto é complicado demais pra dizer e talvez íntimo e pessoal demais pra deixar aqui, onde qualquer um pode ler.
Então, por força da ética, fica apenas essa descrição curiosa e amena do que penso, que provavelmente insinue algo a respeito dos sentimentos, dos meus. E, pela força do hábito, sem conclusões muito dedicadas, pois a interpretação vale ouro, diamante e sangue agitado nesse mundo que a informação já é tão mastigada.
Por vezes, procurei encontrar um equilíbrio entre minha mente e o meu coração. Mas sempre que chego próximo a isso, encontro uma barreira e geralmente não consigo passar. Isto é, me apaixono ou descubro que estou muito carente de inteligência - só pra eufemizar a autodenominação de burro -. Ultimamente venho atingindo níveis intelectuais anteriormente desejados, mas imagine o que isso acarreta. Paixão... paixão!
E não sei se por razão do momento ou de tudo aquilo que penso quando não estou a escrever, essa paixão é diferente. Parece que me identifiquei com alguém de qualidades tão diferentes, que é algo contraditório. Mas diferentemente belo, diferentemente entusiasmante, instigante. Instigantemente apaixonante. Uma pessoa que sempre sorri, mas sorri das mais rebuscadas coisas, hoje sorrindo a toa. Pareço estúpido, tenho medo disso. Essa estupidez vem criando até limites, bem possivelmente por causa do passado e as frustrações do mesmo, mas limites que impedem-me de sorrir nos momentos mais propensos a isso, assim firmando uma confusão mental. Olhe como minha mente está contraditória! E isso não é nada...
Sempre buscando justificativas para os erros, só pra dizer que a intenção foi fazer algo certo. Às vezes, apenas um surto de timidez. Mas devemos justificar com os mais belos argumentos, mascarando-nos. E por quê isso?! Não sei, gostaria de entender um pouco mais a mente humana, confesso. O problema é que certas atitudes podem gerar desencanto, mas não pretendo ser explícito, ou seja, as indiretas aqui escritas são minhas aliadas. E isso também cai na regra de justificar os erros.
Aí com tantas complexidades tanto da mente quanto do coração, fica difícil realmente determinar uma tendência para a vida, pelo menos algum plano para as próximas semanas. E essa falta de rotina me deixa louco, me deixa sem qualquer palavra para descrever como eu sinto, apenas falando sobre pensamentos e mais pensamentos. Mas esses não geram sensações estranhas no corpo, no máximo opiniões geradas sobre essas mesmas sensações. E, bem, esse assunto é complicado demais pra dizer e talvez íntimo e pessoal demais pra deixar aqui, onde qualquer um pode ler.
Então, por força da ética, fica apenas essa descrição curiosa e amena do que penso, que provavelmente insinue algo a respeito dos sentimentos, dos meus. E, pela força do hábito, sem conclusões muito dedicadas, pois a interpretação vale ouro, diamante e sangue agitado nesse mundo que a informação já é tão mastigada.
Presepada Textual
Momentos, essência e relações entre essas duas palavras. Está aí algo que não se diz em horas boêmias, por assim dizer. Onde álcool, pseudointelectualidade e exaltação dos sentimentos são as características vigentes. Ficamos, pois, a mercê das horas filosóficas e aí, com uma pitada de sentimentos, todo e qualquer argumento pode se tornar falho. Oras, devemos nos precaver bem.
"Ser-se" é um conceito interessantíssimo e muito viável por hora, tão forte em relação aos momentos e à essência, quase que a relação pura entre as duas palavras. Não é tão simples assim como deve parecer, veja bem em que essa simplicidade implicaria: uma vida sem muitas complicações de autoconhecimento, sem muitas atitudes ousadas e inovadoras, pensamentos apenas relativos à rotina; uma vida de mentira. E o assunto é sobre fatos, ainda que relativo às ciências humanas, essas que são tão incertas. Mas fatos! Logo, os momentos e a essência quando relacionados fazem parte das coisas mais "não simples" que existem. Mas paremos com a comicidade...
O que se diz em relação aos momentos? O que pode-se considerar um momento? Todo e qualquer acontecimento, sendo ele um pensamento, uma ação, uma fala, um fenômeno natural? Só sei, e sei com grande certeza, que ele transcorre o conceito das idéias sobre o material.
E quanto à essência, o que diremos a seu respeito? O que caracterizará a essência? Será que a essência é uma característica ou o conjunto de características? Será que a essência não muda em qualquer ponto, em qualquer momento da vida? Será que tanto questionamento assim evidencia alguma resposta em relação a essa que é tão misteriosa, a essência? Vamos ficar apenas com a incerteza e a posição que a essência é um padrão estabelecido a partir das qualidades do ser, ainda que provavelmente mutáveis.
Um texto tem sua essência, também. Veja que esse texto tem uma essência caóticamente chata, pois é composto de pensamentos árduos. Mas assim como a essência é de caráter sólido, ela é composta de momentos, possivelmente inovadores, e já que uma vez que o exemplo contrapõe a teoria, deve-se ignorar a teoria. Então falemos sobre sexo, drogas e rock n roll, pois as teorias estão muito sem começo, meio ou fim.
"Ser-se" é um conceito interessantíssimo e muito viável por hora, tão forte em relação aos momentos e à essência, quase que a relação pura entre as duas palavras. Não é tão simples assim como deve parecer, veja bem em que essa simplicidade implicaria: uma vida sem muitas complicações de autoconhecimento, sem muitas atitudes ousadas e inovadoras, pensamentos apenas relativos à rotina; uma vida de mentira. E o assunto é sobre fatos, ainda que relativo às ciências humanas, essas que são tão incertas. Mas fatos! Logo, os momentos e a essência quando relacionados fazem parte das coisas mais "não simples" que existem. Mas paremos com a comicidade...
O que se diz em relação aos momentos? O que pode-se considerar um momento? Todo e qualquer acontecimento, sendo ele um pensamento, uma ação, uma fala, um fenômeno natural? Só sei, e sei com grande certeza, que ele transcorre o conceito das idéias sobre o material.
E quanto à essência, o que diremos a seu respeito? O que caracterizará a essência? Será que a essência é uma característica ou o conjunto de características? Será que a essência não muda em qualquer ponto, em qualquer momento da vida? Será que tanto questionamento assim evidencia alguma resposta em relação a essa que é tão misteriosa, a essência? Vamos ficar apenas com a incerteza e a posição que a essência é um padrão estabelecido a partir das qualidades do ser, ainda que provavelmente mutáveis.
Um texto tem sua essência, também. Veja que esse texto tem uma essência caóticamente chata, pois é composto de pensamentos árduos. Mas assim como a essência é de caráter sólido, ela é composta de momentos, possivelmente inovadores, e já que uma vez que o exemplo contrapõe a teoria, deve-se ignorar a teoria. Então falemos sobre sexo, drogas e rock n roll, pois as teorias estão muito sem começo, meio ou fim.
sábado, 28 de julho de 2012
Pra casar
Aquele velho papo, do qual os rapazes de bem - veja que aqui me incluirei no decorrer dessas palavras - buscam entender, das palavras que exorbitam deselegância perante o ânimo juvenil, esse de festas, relacionamentos sérios e relacionamentos festivos também. Uma moléstia com o intelecto, verdadeiro dissabor da seriedade e demais hábitos saudáveis de mentes pouco mais austeras. Tudo isso por inquietação, freneticidade, apetite sexual descompromissado aguçado. E aí nós, os rapazes de bem, somos os vilões que nunca deram oportunidade, sendo que apenas cumprimos com o que disseram-nos lá atrás: "Você é pra casar, não pra agora."
Do caso específico, eu, não gosto de ostentar promiscuidade e não que essa seja uma das minhas qualidades, mas acredito que se fosse, não deveria ser explanada assim como qualquer pensamento que diga respeito à minha vida pessoal, pois a publicidade do meu eu para com os meus próximos é única a esses, inda mais quando se refere a relacionamentos que sejam carnais, apenas ou também. Mas isso não diz nada sobre eu poder ou não ter minhas aventuras, o que causa minha irritação por esse dialético e complexo papo.
Do caso geral, nós, os rapazes de bem, não temos qualquer apelo por simplismo, casos complicados podem até ser interessantíssimos, mas a demásia dessa complicação, tal como uma condição de tempo em anos, é de se surtar. Assim, a repudiável expressão "desilusão amorosa" faz-se como o movimento da (pois bem, é uma estrela) Sol na Terra: aparece e desaparece, por mais que você saiba que sempre reaparecerá. A diferença é que uma hora tudo cansa e o desleixo que isso gera é uma longa desilusão amorosa, de forma mais "eufêmica", matrimônio. Esse, que de tão mencionado, é acatado sob indiferença sentimental e enojado por quem o disse num primeiro instante.
E o grande mártir disso tudo, no fim ou novo começo da história, é quem? Pois é, a mocinha que quis viver velando-me de seus "capricos imorais" e prazeres mundanos. Grande feito! E eu? Tornei-me o intransigente, o grande implacável que não sabe esperar o momento certo, um exemplar ignorante que vive alienado sobre o mundo.
Portanto, preste atenção: a sagacidade dos mais desfavorecidos é manter-se longe dessa sua fama. E quanto aos rapazes de bem, firmes no que diz respeito às escolhas, flexíveis em relação às consequências. Mas não vá pensar que com isso nós somos diferentes, pois é justamente o que não queremos.
Do caso específico, eu, não gosto de ostentar promiscuidade e não que essa seja uma das minhas qualidades, mas acredito que se fosse, não deveria ser explanada assim como qualquer pensamento que diga respeito à minha vida pessoal, pois a publicidade do meu eu para com os meus próximos é única a esses, inda mais quando se refere a relacionamentos que sejam carnais, apenas ou também. Mas isso não diz nada sobre eu poder ou não ter minhas aventuras, o que causa minha irritação por esse dialético e complexo papo.
Do caso geral, nós, os rapazes de bem, não temos qualquer apelo por simplismo, casos complicados podem até ser interessantíssimos, mas a demásia dessa complicação, tal como uma condição de tempo em anos, é de se surtar. Assim, a repudiável expressão "desilusão amorosa" faz-se como o movimento da (pois bem, é uma estrela) Sol na Terra: aparece e desaparece, por mais que você saiba que sempre reaparecerá. A diferença é que uma hora tudo cansa e o desleixo que isso gera é uma longa desilusão amorosa, de forma mais "eufêmica", matrimônio. Esse, que de tão mencionado, é acatado sob indiferença sentimental e enojado por quem o disse num primeiro instante.
E o grande mártir disso tudo, no fim ou novo começo da história, é quem? Pois é, a mocinha que quis viver velando-me de seus "capricos imorais" e prazeres mundanos. Grande feito! E eu? Tornei-me o intransigente, o grande implacável que não sabe esperar o momento certo, um exemplar ignorante que vive alienado sobre o mundo.
Portanto, preste atenção: a sagacidade dos mais desfavorecidos é manter-se longe dessa sua fama. E quanto aos rapazes de bem, firmes no que diz respeito às escolhas, flexíveis em relação às consequências. Mas não vá pensar que com isso nós somos diferentes, pois é justamente o que não queremos.
segunda-feira, 18 de junho de 2012
A noite
A noite.
Vou-me com ela em busca do meu eu,
vou-me com ela comprar uma caixa de bons sonhos.
O preço discutiremos na madrugada,
perante o sonho ou pesadelo,
que assombrarão,
de qualquer forma,
minha indiferente lucidez.
Pagarei com elogios ao ego,
se não for de agrado,
mando-os à Lua,
ultimamente sempre nua,
mostrando sua bela claridade.
Mas que não me impeçam de encontrar a substância,
inquietante e vívida,
o combustível da minha imaginação.
Se fizerem essa maldade,
digo-lhe sem medo,
essa noite passo em claro.
E sem palavras pra deselegancia.
Vou-me com ela em busca do meu eu,
vou-me com ela comprar uma caixa de bons sonhos.
O preço discutiremos na madrugada,
perante o sonho ou pesadelo,
que assombrarão,
de qualquer forma,
minha indiferente lucidez.
Pagarei com elogios ao ego,
se não for de agrado,
mando-os à Lua,
ultimamente sempre nua,
mostrando sua bela claridade.
Mas que não me impeçam de encontrar a substância,
inquietante e vívida,
o combustível da minha imaginação.
Se fizerem essa maldade,
digo-lhe sem medo,
essa noite passo em claro.
E sem palavras pra deselegancia.
quinta-feira, 7 de junho de 2012
Permutação de fim em começo
Eu juro que tento fugir desse romantismo barato que beira as rédeas da minha imaginação, mas a gnose é tão cinza e opaca, que de tanto escapar da emoção, eu fico cercado pela mesma. Meu coração inventa mil e duas mentiras pra me desvirtuar daquilo que almejo e o problema é que eu acredito em mil e uma delas, e essa que desacredito varia de mês pra mês. Às vezes, com sono, chego a relatar aquilo que realmente penso, diferente da maioria das vezes que ajo ou, em sobriedade, falo. Não tenho culpa, sentimento pra mim é uma coisa que foge da banalidade, não tem como ser assim: um complexo perante mentes inóspitas de emoção.
O coração cospe razões para que tenhamos uma rotina, já que as mesmisses sentimentais pregadas por tal são sempre revigorantes, mentiras revigorantes. E aí, lendo um livro ou vendo um filme, absorvo tendenciosamente tudo aquilo que não venha ferir ideologias póstumas de uma desilusão que possivelmente nem existiu. E quem fez isso? A bomba de sangue animal. Ainda assim, há um lado bom, meu coração me preserva de viver alienadamente sob teorias de pessoas que eu nem conheci. Mas para compreender esse lado bom, apenas desconsiderando tudo aquilo que foi aprendido pela boca de outrem.
Aí aparece o inverno, para os apreciadores dos instintos selvagens a pior época. Entenda-me como quiser. Mas sendo um ávido romântico quando apaixonado, isso me deixa desnorteado. Não por hoje estar apaixonado, mas por todos os dias gostar de pegar o violão e tocar alguns acordes em tom de lá maior, tomar um café, ler um bom livro de dramaturgia ou filosofia, conversar com a minha mãe sobre a vida, dar uma volta com meus cães, rabiscar algumas folhas com a belíssima matemática, ler as notícias de sites tecnológicos (porque telejornais só mostram desgraças impertinentes), ouvir alguma música mais velha que eu e fazer as refeições, num tom bem cinza e nostálgico, não por tristeza, mas por admiração de uma cultura mais retrô, pelo menos nesse tempo. E aí, o ávido romântico aqui, dadas as circunstâncias, só tem a se queixar por não poder "acontecer".
Então sobre o que eu quis dizer ao mencionar o romantismo barato? Não é óbvio?! Todo esse lance sentimental que em alguns pontos forma até paradoxos, toda essa posição contrária ao que poderia ter sido, toda essa gana que fica entornando pra não deixar explícito. Tranquilize-se, pois quem controla o presente controla o passado e quem controla o passado controla o futuro. Ou seja, pense, mas pense com a tranquilidade de seus cafés-da-manhã. E é só.
O coração cospe razões para que tenhamos uma rotina, já que as mesmisses sentimentais pregadas por tal são sempre revigorantes, mentiras revigorantes. E aí, lendo um livro ou vendo um filme, absorvo tendenciosamente tudo aquilo que não venha ferir ideologias póstumas de uma desilusão que possivelmente nem existiu. E quem fez isso? A bomba de sangue animal. Ainda assim, há um lado bom, meu coração me preserva de viver alienadamente sob teorias de pessoas que eu nem conheci. Mas para compreender esse lado bom, apenas desconsiderando tudo aquilo que foi aprendido pela boca de outrem.
Aí aparece o inverno, para os apreciadores dos instintos selvagens a pior época. Entenda-me como quiser. Mas sendo um ávido romântico quando apaixonado, isso me deixa desnorteado. Não por hoje estar apaixonado, mas por todos os dias gostar de pegar o violão e tocar alguns acordes em tom de lá maior, tomar um café, ler um bom livro de dramaturgia ou filosofia, conversar com a minha mãe sobre a vida, dar uma volta com meus cães, rabiscar algumas folhas com a belíssima matemática, ler as notícias de sites tecnológicos (porque telejornais só mostram desgraças impertinentes), ouvir alguma música mais velha que eu e fazer as refeições, num tom bem cinza e nostálgico, não por tristeza, mas por admiração de uma cultura mais retrô, pelo menos nesse tempo. E aí, o ávido romântico aqui, dadas as circunstâncias, só tem a se queixar por não poder "acontecer".
Então sobre o que eu quis dizer ao mencionar o romantismo barato? Não é óbvio?! Todo esse lance sentimental que em alguns pontos forma até paradoxos, toda essa posição contrária ao que poderia ter sido, toda essa gana que fica entornando pra não deixar explícito. Tranquilize-se, pois quem controla o presente controla o passado e quem controla o passado controla o futuro. Ou seja, pense, mas pense com a tranquilidade de seus cafés-da-manhã. E é só.
quarta-feira, 9 de maio de 2012
The wall
Eu juro que não pedi asas, eu só tinha pedido pra voar. Quem sabe eu não conheceria a Europa, a Ásia, a Antártida. Mas aí brotaram asas, conheci além do que os olhos veriam, sensações nada próximas de tudo aquilo que o tato já sentiu. Foi um terror, vi o mundo se acabar, vi guerras, vi genocídios. Eu estava próximo do nirvana, acredito. Mas era tão enlouquecente, tão brusco. Foi minha revolução e minha reconcepção de vivo, morto e além. Foi o fim de algo...
É natural não se compreender, talvez deva ser qualquer dia. Mas sob o hoje, sob meus olhos, sob minha lucidez, a compreensão beira o ódio primitivo, a falta de sensibilidade, o senso humano, a paixão selvagem. Beira diversos conceitos, mas nunca se instala, é forte e ao mesmo tempo solitária. É uma mera palavra dispersa, sob vários olhares desconcertantes. E no fim, as pessoas aceitam, mas não entendem a essência. Às vezes não aceitam, mas a essência sempre passa como insignificante. E dizem que nos aproximaríamos de alguma utopia se conseguíssemos entender a essência.
Mas por qual motivo a necessidade de utopias? É apenas uma rebeldia juvenil, não uma solução, quem sabe ilusão. E os inconsequentes aderem-nas como se fossem brincar num parque de diversões vazio, sob supervisão de adultos, que são aludidos e jamais presentes. Não posso achar isso maduro, tal como sugerem as utopias: amadurecimento das idéias para um bem-estar social mútuo, que seja perfeito. O problema é que a idéia já se torna imatura ao citar a perfeição, pois isso é relativo demais e, do ponto de vista de muitos, nunca houve exemplo disso. Logo, as utopias atrapalham mais que poderiam ajudar.
E voar pode ser um remédio para não enlouquecer à procura de utopias.
Mas a loucura é um aspecto frio observado por intrigados que não sabem porque existem realidades alternativas. De um ponto de vista extremo, realidades complexas que tem necessidades, prioridades e objetivos inesperados. Não deve ser certo chamar de louco aquele que tem seu próprio êxtase por maneiras diferentes das quais a maioria das pessoas tenta e não consegue o obter. Cada um tem sua filosofia e isso se difere de ser vivo pra ser vivo, portanto todos são diferentes e é um absurdo criticar alguns que não seguem à risca padrões observados, jamais classificados e/ou estudados com sucesso. É claro que quando se vive em sociedade, deve-se respeitar os limites de fazer o mal às demais pessoas de um mesmo conjunto e romper com os níveis organizacionais. Acontece que muitos considerados "loucos" podem muito mais ajudar a construir a sociedade que destruir ou romper com a mesma, enquanto ainda assim há "lúcidos" destruindo-a, sob consciência de quase todos os demais e não há uma precaução ou punição para com os mesmos. É injusto, por isso vejo a "loucura" como objeto de observação e cautela, mas não um alvo ou um infrator.
E se for pra falar em erros contra a sociedade, ficaremos eternidades citando-os e criticando-os, ao mesmo tempo que eles estarão acontecendo e se renovando. Então não é adequado ficar discutindo assuntos sem fim ou sentido, é melhor pensar numa maneira eficaz de se obter êxtase pessoal. Dessa maneira, continuamos sendo formigas, gafanhotos ou quem sabe humanos, que deve ser muito mais interessante. E as conclusões continuam sendo apenas um fósforo aceso no meio de um longo túnel sem iluminação: efêmeras e irrelevantes.
Mas pense, não se distorça e viva!
É natural não se compreender, talvez deva ser qualquer dia. Mas sob o hoje, sob meus olhos, sob minha lucidez, a compreensão beira o ódio primitivo, a falta de sensibilidade, o senso humano, a paixão selvagem. Beira diversos conceitos, mas nunca se instala, é forte e ao mesmo tempo solitária. É uma mera palavra dispersa, sob vários olhares desconcertantes. E no fim, as pessoas aceitam, mas não entendem a essência. Às vezes não aceitam, mas a essência sempre passa como insignificante. E dizem que nos aproximaríamos de alguma utopia se conseguíssemos entender a essência.
Mas por qual motivo a necessidade de utopias? É apenas uma rebeldia juvenil, não uma solução, quem sabe ilusão. E os inconsequentes aderem-nas como se fossem brincar num parque de diversões vazio, sob supervisão de adultos, que são aludidos e jamais presentes. Não posso achar isso maduro, tal como sugerem as utopias: amadurecimento das idéias para um bem-estar social mútuo, que seja perfeito. O problema é que a idéia já se torna imatura ao citar a perfeição, pois isso é relativo demais e, do ponto de vista de muitos, nunca houve exemplo disso. Logo, as utopias atrapalham mais que poderiam ajudar.
E voar pode ser um remédio para não enlouquecer à procura de utopias.
Mas a loucura é um aspecto frio observado por intrigados que não sabem porque existem realidades alternativas. De um ponto de vista extremo, realidades complexas que tem necessidades, prioridades e objetivos inesperados. Não deve ser certo chamar de louco aquele que tem seu próprio êxtase por maneiras diferentes das quais a maioria das pessoas tenta e não consegue o obter. Cada um tem sua filosofia e isso se difere de ser vivo pra ser vivo, portanto todos são diferentes e é um absurdo criticar alguns que não seguem à risca padrões observados, jamais classificados e/ou estudados com sucesso. É claro que quando se vive em sociedade, deve-se respeitar os limites de fazer o mal às demais pessoas de um mesmo conjunto e romper com os níveis organizacionais. Acontece que muitos considerados "loucos" podem muito mais ajudar a construir a sociedade que destruir ou romper com a mesma, enquanto ainda assim há "lúcidos" destruindo-a, sob consciência de quase todos os demais e não há uma precaução ou punição para com os mesmos. É injusto, por isso vejo a "loucura" como objeto de observação e cautela, mas não um alvo ou um infrator.
E se for pra falar em erros contra a sociedade, ficaremos eternidades citando-os e criticando-os, ao mesmo tempo que eles estarão acontecendo e se renovando. Então não é adequado ficar discutindo assuntos sem fim ou sentido, é melhor pensar numa maneira eficaz de se obter êxtase pessoal. Dessa maneira, continuamos sendo formigas, gafanhotos ou quem sabe humanos, que deve ser muito mais interessante. E as conclusões continuam sendo apenas um fósforo aceso no meio de um longo túnel sem iluminação: efêmeras e irrelevantes.
Mas pense, não se distorça e viva!
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Café teóricofilosófico
Não podemos nos deixar abalar com comentários sobre as portas da percepção, pois só encontraremos baixaria. A ampla visão que diz respeito ao caminho do futuro é um caminho quase que pseudosórdido e batalhado que só nos remete a dúvidas e incertezas sobre nossas próprias opiniões e atitudes. Contudo, avançar em meio a passos em falso é um lapso que pode resultar em tombos irreversíveis. Por isso a pausa é interessante, para não renunciar a atos que nem bem foram sabidos e analisar a estrutura das idéias para que o embasamento não seja esquecido e os argumentos não sejam ultrapassados.
As teorias de sustentação de um campo de idéias também não devem ser expostas com tanta falta de segurança. Os alheios podem nos fazer contestar sobre isso, e com uma dose de parcialidade deles, todo um trabalho gerado com muito tempo de esforço pode ser rompido em um único diálogo apenas por medo de não ser o normal ou não saber o nosso próprio ser. Por isso, devemos nos precaver em assuntos complexos com muros e portas para não nos perdermos em nossas próprias idéias sobre elas mesmas.
A auto exclusão evidentemente é um problema sério também. Não devemos nos excluir de qualquer assunto que seja, toda linha de raciocínio é válida para obter experiência. E com isso não digo para que sem argumentos entremos num diálogo, mas que com força de vontade apreciemos um bom monólogo ou diálogo alheio e o entendamos para que futuramente o usemos como base para um estudo aprofundado de determinado assunto e com isso, caso haja vontade, haveremos de nos intervir em qualquer discussão sobre assuntos relacionados a esse. É como se fosse para nos capacitarmos em uma multiplicidade de escolhas, até mesmo como forma de apelação, para qualquer assunto que venha à tona.
Devemos controlar a admiração aos nossos semelhantes e tomar cuidado para que não haja adoração de nenhum deles. A necessidade da admiração diz respeito a recorrer a entidades que possam nos recompor determinadas faculdades mentais que tenham sido danificadas ou estejam em processo de mudança. Uma vez que há uma admiração, a mesma deve ser controlada para que não haja atribuição de valores utópicos a idéias oriundas de mentes que não sentem ou sabem o que é nossa realidade, nem para que fujamos de nossa essência com comentários cheios de pessoalidade diferente da nossa própria. Em relação à adoração de semelhantes, é como já havia mencionado, ninguém pode ter um pensamento utópico de uma realidade desconhecida, por isso uma adoração foge da sensatez e é recomendada para que se realize em seres oniscientes, ainda que esse conceito seja fantástico.
Portanto, toda e qualquer contestação e incerteza sobre o meio vivido e o meio préfuturista das nossas próprias vidas deve ser analisada, rebuscada e explicada antes de qualquer atitude ou explanação pública. Isso implica que sempre que formos praticar uma idéia, tenhamos certeza de que a mesma não venha a abalar nossos conceitos de mundo e modo de vida, justamente para que não caiamos em desequilíbrio ou desilusão autosocial.
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