Que dia é hoje? Faz diferença se eu perguntar ou responder? Há muita obrigação para o ser social pra poder pensar naquilo que é vital; a saúde sempre pode esperar.
Não é a mesma coisa se hoje for segunda, mas acredito que seja quinta. Sabe por que? Porque tenho certeza que é novembro, tenho certeza que estou com 20, tenho certeza que choveu há 1 ou 2 horas atrás. Alguém vai perguntar o sentido disso que acabei de dizer, mas não precisa fazer sentido, já que na outra estrofe tudo se resolve.
Nossas convicções são tão fortes, que qualquer dúvida relacionada a elas passa como uma pancada efêmera na nossa mente. Aí, os tombos são fortes: aquelas dúvidas se tornam grandes empecilhos e aquelas convicções se tornam grandes ilusões; quase tudo muda. O que não muda? O que não muda.
O conhecimento é algo instável, não dá pra afirmar sobre o sujeito 'tudo' ou o sujeito 'nada', só o quase deles. Mas o que é quase? Quase é algo subjetivo, que de tão subjetivo, pode dentro de um, caber outro - o "quase o quase algo"¹. Partindo de toda essa subjetividade, não existe verdade, só inclinação à verdade - e/ou mentira - e tudo aquilo que dizemos é uma soma de lógicas tendenciosas pra favorecer os argumentos que corroboram com aquilo que acreditamos, assim como a minha busca doentia pra que minha palavras sempre pareçam irrefutáveis pra que eu possa estar certo.
O grande problema é que quase nada é baseado em extremos e não adianta eu me esforçar pra ter um texto impecável, se toda essa impecabilidade só servir pra mim, enquanto que aos outros fique uma coisa enfadonha, chata, e é aí que mora um extremo. Mudemos isso...
Quando não temos um quase, temos uma verdade e esta afirmação é falsa. Foi o Gödel² que disse que nenhum sistema lógico é suficientemente completo e consistente, quem seria eu pra discordar?! De tal forma, até as verdades sobre as "quase verdades" são quase verdade. Como consistência e inconsistência são grandezas incomensuráveis, de qual prova eu precisaria pra que minha fala fosse consistente, se não a prova de que ela fosse logicamente completa?
É claro que eu pretendia apenas falar sobre o peso das certezas sob as incertezas neste texto, mas qual o problema em apelar um pouco para esse meu fascínio por lógica?! A arte da dialética depende da lógica e a arte em decidir a melhor escolha pode ser melhorada com um auxílio da lógica, também. Assim, não estou tão disperso daquilo que queria levar ao que me lê. Bendita...
A indecisão é só um reflexo da falta de lógica que as opções oferecem, mas estou certo que falar ou pensar nisso é exatamente o mesmo que insistir numa indecisão: mergulhar em algo que pode lhe afastar de seu objetivo. Portanto, agora é o momento em que me calo, sem muitas pretensões.
¹ - É como se houvesse sempre um dinamismo que impusesse que dentro de um 'quase', haverá um outro 'quase', de tal forma que será inconsistente como "verdade" mencionar o 'quase'.
² - Talvez já tenha sido observado o meu fascínio pelo teorema da incompletude, já que eu já o citei em alguns textos e constantemente falo sobre ele, seja pessoalmente, virtualmente ou de qualquer outra forma, mesmo nunca o tendo estudado (no contexto acadêmico) a fundo. Mas pretendo parar com isso alguma hora. Sério.
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
...no fundo do meu coração.
Estive pensando em escrever sobre presepadas ideológicas, como quando se confia sua ideologia numa posição e esta lhe trai em alguns aspectos, dizendo exatamente o contrário daquilo que você pensa. Mas poxa vida, isso é cansativo! Meu cérebro não é mais o mesmo, deve ser a cultura grega - ou universitária, como quiser - imperando no meu modo de pensar.
Estou com um certo tesão para escrever a respeito daquilo que sempre escrevo... 'el amor'. É que a nostalgia está me matando, eu tento saber onde errei ou onde erraram pra que eu fosse tão assim, com uma família de amizades extensa e um coração tão solitário, não naquilo que diz respeito aos amigos ou até mesmo às relações mundanas, mas naquelas benditas relações que se referem ao que foi dito no começo do parágrafo.
É clichê e já não estou nem me acanhando mais a respeito disso, os clichês têm a função de serem usados ou criticados; às vezes os uso, às vezes os critico. Neste momento, é mais válido viver o clichê, já que é dessa forma que a maioria entende. É ÓBVIO que escrevo para ser lido, por mais que tenha minhas próprias restrições que não fazem sentido volta e meia, o que já não interessa (ou interessa) saber neste texto.
As interpretações até eu divirjo, não há porquê de não serem ambíguas. Se não houvesse ambiguidade, qual seria a graça em escrever?! Eu só fico um pouco aborrecido por ser interpretado tão completamente disperso daquilo que queria, por aqueles que gostaria que não o fizessem, mas o tempo é rei em terras retardadas e isso me tranquiliza um pouco; bem pouco.
Já recebi uma notícia que iluminou minha mente de forma linda e, ao mesmo tempo, me fez cair onde não gosto de estar: a da confirmação de que sou lido por quem quero, vinda da mesma pessoa. Feliz ou triste, foi efêmera demais pra saber. De qualquer forma, a cara do texto mudou e se esta notícia for verdade, vou ser estupidamente enigmático para com qualquer pessoa diferente daquela, porque eu lembro daquele "sempre".
Todavia, o 'pra sempre' sempre acaba, como disse algum poeta brasileiro. Você (pra qualquer um 'você' que esteja lendo) lembra?
Viver uma revolução - amo isso de verdade! Pena que não sei se já vivi alguma, talvez sim, talvez não; mas quem liga, não é?! Nem eu ligo, aquilo que eu ligo já ficou no passado e só eu não vi; deve ser hora de abandonar o poema Flor de Lótus (Rabindranath Tagore). Olha aí uma revolução.
Tenho tentado aprimorar o meu 'eu', mas isso seria tornar o conjunto mente-corpo-alma saudável. Os dois primeiros são tranquilos, entretanto a dinâmica entre todos eles é tão forte, que sempre acabo os corrompendo por conta de um: o terceiro. Daí, nada consta no senso revolucionário e tudo que exponho continua sendo uma queixa de um coração triste.
Vê, estou regurgitando pensamentos e sempre a gerar textos iguais, assim como disse que acontece, em algum lugar por aí.
Estou com um certo tesão para escrever a respeito daquilo que sempre escrevo... 'el amor'. É que a nostalgia está me matando, eu tento saber onde errei ou onde erraram pra que eu fosse tão assim, com uma família de amizades extensa e um coração tão solitário, não naquilo que diz respeito aos amigos ou até mesmo às relações mundanas, mas naquelas benditas relações que se referem ao que foi dito no começo do parágrafo.
É clichê e já não estou nem me acanhando mais a respeito disso, os clichês têm a função de serem usados ou criticados; às vezes os uso, às vezes os critico. Neste momento, é mais válido viver o clichê, já que é dessa forma que a maioria entende. É ÓBVIO que escrevo para ser lido, por mais que tenha minhas próprias restrições que não fazem sentido volta e meia, o que já não interessa (ou interessa) saber neste texto.
As interpretações até eu divirjo, não há porquê de não serem ambíguas. Se não houvesse ambiguidade, qual seria a graça em escrever?! Eu só fico um pouco aborrecido por ser interpretado tão completamente disperso daquilo que queria, por aqueles que gostaria que não o fizessem, mas o tempo é rei em terras retardadas e isso me tranquiliza um pouco; bem pouco.
Já recebi uma notícia que iluminou minha mente de forma linda e, ao mesmo tempo, me fez cair onde não gosto de estar: a da confirmação de que sou lido por quem quero, vinda da mesma pessoa. Feliz ou triste, foi efêmera demais pra saber. De qualquer forma, a cara do texto mudou e se esta notícia for verdade, vou ser estupidamente enigmático para com qualquer pessoa diferente daquela, porque eu lembro daquele "sempre".
Todavia, o 'pra sempre' sempre acaba, como disse algum poeta brasileiro. Você (pra qualquer um 'você' que esteja lendo) lembra?
Viver uma revolução - amo isso de verdade! Pena que não sei se já vivi alguma, talvez sim, talvez não; mas quem liga, não é?! Nem eu ligo, aquilo que eu ligo já ficou no passado e só eu não vi; deve ser hora de abandonar o poema Flor de Lótus (Rabindranath Tagore). Olha aí uma revolução.
Tenho tentado aprimorar o meu 'eu', mas isso seria tornar o conjunto mente-corpo-alma saudável. Os dois primeiros são tranquilos, entretanto a dinâmica entre todos eles é tão forte, que sempre acabo os corrompendo por conta de um: o terceiro. Daí, nada consta no senso revolucionário e tudo que exponho continua sendo uma queixa de um coração triste.
Vê, estou regurgitando pensamentos e sempre a gerar textos iguais, assim como disse que acontece, em algum lugar por aí.
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