quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Claudia

Nem sujo, nem mal lavado,
O meu nome é Claudia.
Não tenho dia, não tenho noite,
Tenho um próprio estilo de vida.
Bigodes, carícias,
Não era isso que você queria?
Contraponto, contraexemplo,
E tanta admiração.
Eu vou confessar que isso é coisa de irmão.

A barba cresce, o cabelo encurta
E sentimento prevalece.
Quanto capricho, quanta intimidade,
O palhaço sofre.
Lá vem o Zé chinelas pagando uma de mal
A idéia fluindo na moral.
Parece que não entendeu, o cara enlouqueceu
O diálogo acabou, morreu.
Eu vou confessar que isso é coisa de irmão.

Existe um rolê, existe uma essência,
Existe curaçau.
Nem todos o conhecem, poucos o detestam,
Mas esse é quente.
Ele vive num contexto, no contexto da união,
Acabaram os dias frios, acabou a reunião,
Esse tempo tá estranho e acaba sem refrão.

domingo, 19 de agosto de 2012

Imagens Lunares

Um céu bem preto e branco, vejo apenas o cinza. Descuido e inquietação, vejo apenas atitudes sem noção. Amor e paixão, vejo apenas que não deveria dizer a respeito. Ah, mais uma explanação sentimental ou uma teoria filosóficosocial nesse blog? Talvez de tudo um pouco, mas sem alcool dessa vez, quero tratar-me sériamente.

Por vezes, procurei encontrar um equilíbrio entre minha mente e o meu coração. Mas sempre que chego próximo a isso, encontro uma barreira e geralmente não consigo passar. Isto é, me apaixono ou descubro que estou muito carente de inteligência - só pra eufemizar a autodenominação de burro -. Ultimamente venho atingindo níveis intelectuais anteriormente desejados, mas imagine o que isso acarreta. Paixão... paixão!

E não sei se por razão do momento ou de tudo aquilo que penso quando não estou a escrever, essa paixão é diferente. Parece que me identifiquei com alguém de qualidades tão diferentes, que é algo contraditório. Mas diferentemente belo, diferentemente entusiasmante, instigante. Instigantemente apaixonante. Uma pessoa que sempre sorri, mas sorri das mais rebuscadas coisas, hoje sorrindo a toa. Pareço estúpido, tenho medo disso. Essa estupidez vem criando até limites, bem possivelmente por causa do passado e as frustrações do mesmo, mas limites que impedem-me de sorrir nos momentos mais propensos a isso, assim firmando uma confusão mental. Olhe como minha mente está contraditória! E isso não é nada...

Sempre buscando justificativas para os erros, só pra dizer que a intenção foi fazer algo certo. Às vezes, apenas um surto de timidez. Mas devemos justificar com os mais belos argumentos, mascarando-nos. E por quê isso?! Não sei, gostaria de entender um pouco mais a mente humana, confesso. O problema é que certas atitudes podem gerar desencanto, mas não pretendo ser explícito, ou seja, as indiretas aqui escritas são minhas aliadas. E isso também cai na regra de justificar os erros.

Aí com tantas complexidades tanto da mente quanto do coração, fica difícil realmente determinar uma tendência para a vida, pelo menos algum plano para as próximas semanas. E essa falta de rotina me deixa louco, me deixa sem qualquer palavra para descrever como eu sinto, apenas falando sobre pensamentos e mais pensamentos. Mas esses não geram sensações estranhas no corpo, no máximo opiniões geradas sobre essas mesmas sensações. E, bem, esse assunto é complicado demais pra dizer e talvez íntimo e pessoal demais pra deixar aqui, onde qualquer um pode ler.

Então, por força da ética, fica apenas essa descrição curiosa e amena do que penso, que provavelmente insinue algo a respeito dos sentimentos, dos meus. E, pela força do hábito, sem conclusões muito dedicadas, pois a interpretação vale ouro, diamante e sangue agitado nesse mundo que a informação já é tão mastigada.

Presepada Textual

Momentos, essência e relações entre essas duas palavras. Está aí algo que não se diz em horas boêmias, por assim dizer. Onde álcool, pseudointelectualidade e exaltação dos sentimentos são as características vigentes. Ficamos, pois, a mercê das horas filosóficas e aí, com uma pitada de sentimentos, todo e qualquer argumento pode se tornar falho. Oras, devemos nos precaver bem.

"Ser-se" é um conceito interessantíssimo e muito viável por hora, tão forte em relação aos momentos e à essência, quase que a relação pura entre as duas palavras. Não é tão simples assim como deve parecer, veja bem em que essa simplicidade implicaria: uma vida sem muitas complicações de autoconhecimento, sem muitas atitudes ousadas e inovadoras, pensamentos apenas relativos à rotina; uma vida de mentira. E o assunto é sobre fatos, ainda que relativo às ciências humanas, essas que são tão incertas. Mas fatos! Logo, os momentos e a essência quando relacionados fazem parte das coisas mais "não simples" que existem. Mas paremos com a comicidade...

O que se diz em relação aos momentos? O que pode-se considerar um momento? Todo e qualquer acontecimento, sendo ele um pensamento, uma ação, uma fala, um fenômeno natural? Só sei, e sei com grande certeza, que ele transcorre o conceito das idéias sobre o material.

E quanto à essência, o que diremos a seu respeito? O que caracterizará a essência? Será que a essência é uma característica ou o conjunto de características? Será que a essência não muda em qualquer ponto, em qualquer momento da vida? Será que tanto questionamento assim evidencia alguma resposta em relação a essa que é tão misteriosa, a essência? Vamos ficar apenas com a incerteza e a posição que a essência é um padrão estabelecido a partir das qualidades do ser, ainda que provavelmente mutáveis.

Um texto tem sua essência, também. Veja que esse texto tem uma essência caóticamente chata, pois é composto de pensamentos árduos. Mas assim como a essência é de caráter sólido, ela é composta de momentos, possivelmente inovadores, e já que uma vez que o exemplo contrapõe a teoria, deve-se ignorar a teoria. Então falemos sobre sexo, drogas e rock n roll, pois as teorias estão muito sem começo, meio ou fim.